terça-feira, 25 de novembro de 2008

TRABALHO X CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL (QUE NÓ!)

Faz 78 anos que Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho e Emprego e muita coisa mudou de lá pra cá, é obvio.
O direito dos trabalhadores é lei, embora muitos levem anos e anos tentando receber na justiça o que por lei é seu de direito. As pessoas estudam, fazem curso técnico ou uma faculdade e, na maioria das vezes, não conseguem entrar no mercado de trabalho e, quando conseguem, o salário é desanimador na maioria dos casos, mas como precisam sobreviver, acabam aceitando.
Os Jovens têm dificuldade de entrar no mercado porque não têm experiência, os mais experientes, se já tiverem passado dos 40 anos, têm a mesma dificuldade porque já não são mais o “perfil” que o mercado precisa.
Alguns tentam abrir um negócio, mas a burocracia brasileira emperra tanto...
Outros caem na economia informal e já outros amargam o desemprego mesmo.
Alguns institutos de pesquisa e estatística apontam que o emprego formal cresce no Brasil, que bom, mas ainda existe uma massa de desempregados que ainda estão nas ruas procurando um trabalho.
Hoje, já percebemos muitos deficientes físicos no mercado, acho ótimo, mas teve de ser por força da lei que impõe uma porcentagem para as empresas, do jeito que vai, daqui a pouco deverão haver cotas para jovens e para pessoas acima dos 40 anos, já pensou?
Os concursos públicos são uma boa opção nesse cenário e quem agradece são os donos de cursinhos que andam cada dia mais lotados, ontem mesmo recebi um convite para dar aulas de enfermagem num curso que está montando uma turma para o concurso da aeronáutica (e já está com 3 turmas!).
A onda agora é a da globalização e do neoliberalismo que preconizam a abertura dos mercados, a privatização de estatais e a livre negociação entre patrões e empregados, colocando por terra os direitos adquiridos em anos de luta para assegurar um mínimo de dignidade da classe menos privilegiada-a dos trabalhadores.
É claro que tudo tem os 2 lados, porque no nosso país, a nossa sociedade discute a política neoliberal que os defensores, na maioria empresários, defendem com a alegação que aumentaria os empregos, mas poderia ser a volta do Coronelismo autocrático em detrimento da pouca dignidade que ainda temos.
Aqui em Lorena, muitos defendem a bandeira do crescimento da cidade sob a ótica do desenvolvimento empresarial.
Hoje a cidade já está em condições estruturais mínimas de atrair investimentos, com educação e saúde de boa qualidade, queda dos homicídios e melhora na segurança, uma boa área destinada ao pólo industrial, etc, porém, fico pensando também em todos os problemas inerentes ao crescimento das cidades, principalmente quando ocorre sem planejamento e desordenamento e volto a insistir nas discussões, não só da política e, no caso, das empresas, mas de toda a sociedade no geral.
Realmente temos problemas de ordem social que com o emprego resolveriam, mas emprego para quem?
Será que com a vinda de empresas para a cidade, os nossos desempregados se empregariam?
Sabemos que hoje tudo está automatizado, modernizado e que as empresas querem mão-de-obra qualificada, e daí, chupa essa manga!
Novamente os jovens que estão a procura do 1º emprego e os experientes com mais de 40 anos não se enquadrariam nesse perfil, a cidade receberia pessoas de outros municípios com preparo técnico adequado a essas empresas.
Realmente aconteceria o que alguns querem, a cidade cresceria, mas para onde?
Portanto, acredito na necessidade de novos investimentos e também quero ver a cidade mais pujante, mas, principalmente, quero Lorena pra os Lorenenses, filhos dessa terra e que estão amargando no desemprego ou sub emprego, mas quero um crescimento sustentável e ordenado, aliás, como todos.
A lógica da mão-de-obra tem de seguir a necessidade do mercado e no mundo de políticas neoliberais com padrão de produtos de excelência temos que, lutar sim, para um Crescimento Sustentável na cidade, mas sem tirar os olhos das regras que ditam o mercado, e necessariamente, este olhar tem de passar pela qualificação dos nossos trabalhadores.
Nesse 26 de novembro quando comemoramos a criação do Ministério do Trabalho, vamos refletir e discutir esses novos desafios que a sociedade moderna nos impõem.
Beijos e fui...

domingo, 23 de novembro de 2008

VIVA O COMPUTADOR!

Em 23 de novembro de 1944 Leopoldina Ferreira Paulo doutorou-se em Ciências Biológicas na Universidade do Porto em Portugal com a tese Alguns caracteres morfológicos das mãos dos portugueses, foi a 1ª mulher a se doutorar na história.
Eu estou apanhando para montar a minha qualificação para o mestrado que está marcada para o dia 15 de dezembro, isto porque quase tudo que preciso tem no banco de dados on line e o que não tem, procuro na biblioteca da Universidade de São Paulo (USP) que é show.
Imaginem naquela época você ter de fazer uma tese de doutorado tendo de pesquisar em bibliotecas, e o mais trabalhoso, escrever tudo na máquina de datilografia que há 64 anos não era elétrica, ou seja, se você tivesse escrevendo na última linha e errasse, tinha de começar tudo de novo.
Graças a Deus, consegui entrar no mestrado em Enfermagem Psiquiátrica na USP, o programa tem muitas exigências e não poderia ser diferente, afinal é o dinheiro público que é usado, estou me empenhando muito, mas confesso pra vocês que não é nada fácil, mas estou muito feliz, ainda mais que minha linha de pesquisa é em políticas públicas de saúde em álcool e drogas e no final, quem sabe a gente consiga trazer para Lorena este trabalho financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que é o que quero e a cidade necessita; um serviço de prevenção e recuperação gratuito para as pessoas que, infelismente, caíram no abismo do submundo das drogas.
Sabemos o quanto é necessário este trabalho com certeza conseguiremos mais essa vitória, porém, o melhor de tudo mesmo é a prevenção focando na orientação das nossas crianças e jovens (a maioria dos usuários) para ficarem longe desse problema.
Bem gente, já relaxei um pouco com essa postagem agora vou voltar ao meu trabalho de mestrado, senão nada feito e nada de trabalho.
Quem sabe a gente consiga junto com o trabalho de recuperação e prevenção pelo SUS, construir uma política municipal efetiva para álcool e outras drogas...
E viva Leopoldina Ferreira Paulo, que há 64 anos atrás, colocou a mulher no cenário da produção intelectual, tão importante para a humanidade.
Um beijão a todos e boa semana.
Fui...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

20 DE NOVEMBRO, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA-VALEU MESMO ZUMBI!!!

Valeu Zumbi, o grito forte dos Palmares, que correu terras, céus e mares, influenciando a abolição..."

Olá gente, quem não se lembra de um dos desfiles mais fascinantes da história do nosso carnaval, Vila Isabel, campeoníssima de 1988. Pois é o dia da Consciência Negra é hoje, justamente porque há 313 anos foi assassinado o Zumbi ou Zambi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695. Esse verdadeiro herói afro-brasileiro se tornou um mito, sou fã dele e quero compartilhar sua história com vocês. Então boa leitura e reflexão.

O quilombo era loccal de resistência a escravidão e abrigavam escravos fugitivos, o mais famoso deles foi Palmares, na serra da barriga, entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco.
Criado no final de 1590 a partir de um pequeno refúgio de escravos, Palmares se fortificou.
Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade.
Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras, chegando a reunir quase 30 mil pessoas.
Em Pernambuco falava-se, sobretudo, de Palmares.
Ninguém sabia certo onde ficava. Era lá nas montanhas, na parte superior do rio São Francisco, mata fechada, inacessível.
Diziam que precisava dias e mais dias para se chegar até esse lugar. Mas ninguém duvidava de que Palmares existisse de verdade.
Não eram apenas histórias. Palmares havia surgido no final do século 16, quando os primeiros negros ali se refugiaram. Desde então, o mito de Palmares não havia feito outra coisa senão crescer e crescer.
Era a meta dos que buscavam liberdade, negros, índios e inclusive brancos. Havia lugar para todos. Independente do mito, o quilombo de Palmares representou uma estrutura alternativa à sociedade colonial.
Os negros viviam da agricultura, por sinal, mais avançada que a da colônia. O mundo escravocrata só conhecia a produção de açúcar. Em Palmares plantavam-se milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas, frutas.
Palmares tinha leis que regulamentavam a vida das pessoas, algumas, inclusive, bastante rígidas. Roubo, adultério, deserção ou homicídio eram punidos com a morte. As funções sociais estavam definidas.
A autoridade era reconhecida por todos. As decisões mais importantes eram tomadas em assembléias, da qual participavam todos os habitantes adultos. Mais do que isso. Palmares não era apenas uma cidade. Chegou a ser uma rede de cidades. Na metade do século 17, contava onze povoados. Macaco, na Serra da Barriga, era a capital.
Era preciso esmagar Palmares, custasse o que custasse. A Coroa já tinha dado essa ordem em diferentes ocasiões.
Havia, ainda, a questão do mito, que incomodava mais que qualquer coisa. Nos engenhos e senzalas, Palmares era sinônimo de Terra Prometida e esse mito punha em xeque os interesses coloniais.
Destruir Palmares não era tarefa fácil, os Mucambos eram verdadeiras fortificações jamais vistas na colônia (levando a comparação com a cidade de Tróia da antiguidade).
As montanhas pareciam intransponíveis. E o que as montanhas não faziam ficava por conta dos negros e de suas estratégias militares.
Transformou-se num estado autônomo, resistiu aos ataques holandeses, luso-brasileiros e bandeirantes paulistas, e foi totalmente destruído em 1716.
O mocambo do macaco era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos após a sua fundação, o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Nesse ano, 1655, um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia.
Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem.
Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
De 1596 a 1716, ano da destruição de seu último reduto, os palmarinos suportaram investidas de 66 expedições militares e atacaram 31 vezes. E em toda essa luta, avulta a figura do grande líder Zumbi.
Contudo, em 20 de novembro de 1695, com 40 anos de idade, Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então capturado e torturado .
Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”.
Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade.
Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.

Nesse novembro tivemos o 1º negro presidente dos Estados Unidos e campeão de fórmula 1, quem sabe no Brasil.................................................................................................

Beijão, fui!!!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, QUEM A TEM?

Olá gente, que chuva heim!Estão percebendo que este verão está mais pesado? Destruição em Cachoeira Paulista; Taubaté e São José na semana passada amargaram o maior prejuízo!
Sei não, estou certo que a natureza está mandando um grande recado para a humanidade e, nós, ainda nos fazendo de surdos ou desentendidos, porque achamos que não temos nada com isso.
Aqui em Lorena, como em muitas cidades do Vale, estamos perdendo nascentes de mananciais para a cultura de eucalipitos que avança desenfreadamente na região para abastecer as indústrias de papéis e celuloses com consequências cada vez mais devastadoras ao nosso ecossistema .
Em pleno século XXI, ainda não temos uma política ambiental que torne obrigatório, em cada município, uma usina de reciclagem de lixo, mesmo sabendo que na ótica neoliberal, o lixo é um luxo, e trás divisas e empregos para a cidade.
Vi da janela da sala de casa muitas garrafas pets e latas correndo na enxurrada de hoje, o que como primeira consequência entope as galarias de água pluvial, sem contar as centenas de anos que leva para a decomposição na natureza.
Acredito muito nas organizações civis, principalmente quando os poderes públicos são omissos ou desinteressados em algumas questões que dizem respeito a toda a sociedade, mas sinto falta das militâncias no nosso município.
O tempo ainda está nebuloso lá fora, nuvens pesadas e carregadas e continuo minha reflexão, porque vejo as populações ribeirinhas aumentando a cada dia, ocupando um lugar que é da mata ciliar, vejo nossos rios em processo de erosão e, consequentemente, açoreamento dos leitos.
Percebo nossas ruas iluminadíssimas pelo sol escaldante, sem nenhuma iniciativa de plantio de arvóres e o pior, a falta de consciência ecológica que é a herança que estamos passando para nossas crianças, enfim, penso na grande negligência que todos nós estamos fazendo com o nosso município, sem contar no nosso país e planeta.

Uma gota do oceano pode não ser nada, mas contém em si mesma, a essência da imensidão.
Pense nisso!

Tchau, tchau!

domingo, 16 de novembro de 2008

PARABÉNS LORENA (Educação é tudo)

Antes das expedições que atravessavam o Vale do Paraíba a caminho das Minas Gerais, Lorena era habitada pelos índios Puris.
Em 1554, com a fundação de São Paulo, as expedições bandeirantes se tornaram freqüentes. Havia necessidade de portos à margem do Paraíba e uma infra-estrutura mínima para atender as necessidades dos aventureiros.
Documentos citam que em 1702 o capitão-mor Arthur de Sá e Menezes, concedeu "provisão de mercê da passagem do rio ao porto para os passageiros de Minas” - era o Porto de Guaypacaré.
O núcleo inicial de povoação surgiu no fim do século XVII com as "roças" de Bento Rodrigues Caldeira.
Guaypacaré, nome tupi que significa braço ou seio da lagoa torta, foi o primeiro nome da nossa cidade, e se deveu ao fato de existir ali, um braço do Rio Paraíba.
Mais tarde, o nome passou para Hepacaré, que significa, para Azevedo Marques, lugar das goiabeiras.
Sob a invocação de Nossa Senhora da Piedade se constituiu em Freguesia em 1718.Em 14 de novembro de 1788 foi elevada à Vila com o nome de Lorena, por decreto do Capitão-General, então Governador de São Paulo, Bernardo José de Lorena, mais tarde Conde de Sarzedas, razão por que foi dado à nova Vila o nome atual.
220 anos se passaram e vejo com orgulho os novos e bons rumos da cidade, porém, sabemos que existem mazelas também, aliás, como em todos os municípios do nosso Brasil.
Acredito que os novos desafios que virão e os velhos que ainda estão sem soluções, resolveriam mais rapidamente com uma política federal, estadual e municipal mais concreta e, principalmente, com uma sociedade mais consciente e militante, mesmo porque a política que existe, boa ou ruim, está diretamente relacionada às escolhas da população.
Estou trabalhando para me tornar mais consciente enquanto cidadão e tenho esperança que a população em geral se conscientize da força que tem, descruze os braços e começe a exigir seus direitos, mas que cumpra seus deveres também, porque o viver em sociedade é uma estrada de mão dupla.
Amo Lorena, vejo que a cidade está pujante, que têm pessoas sérias e comprometidas trabalhando pela coletividade e acreditando na nossa cidade de uma forma geral.
Acredito na educação e estou certo que é o melhor, senão o único caminho para uma sociedade mais consciente em todos os sentidos; é só observarmos os exemplos da Coréia do Sul e de todos os países mais desenvolvidos e com melhores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Então, se você ainda não sabe por onde começar a sua militância em prol de uma Lorena e, conseqüentemente, um Brasil melhor, que tal começar pegando os cadernos dos seus filhos ou sobrinhos, participar da escola e exigir cada vez mais qualidade, contudo, não se esqueça do principal; educação vem de berço e você é a pessoa que ele adora imitar, então, se você não está gostando do que está recebendo, veja bem a imagem que você está emitindo, porque como dizia Fernanda Montenegro, saindo de um fundo azul no comercial da TV:

“EDUCAÇÃO É TUUUDO!”.

PARABÉNS LORENA E A TODOS NÓS, LORENENSES.
Para saber mais sobre a história de Lorena, consulte:
http://www.lorena.sp.gov.br

Fui...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

QUEM CASA QUER CASA - A questão da moradia na atualidade.

Ufa gente! Que correria!!!
Graças a Deus, ontem apresentei o último trabalho de disciplina no mestrado, ainda teno o exame de qualificação agora em dezembro, mas as disciplinas, pelo menos por hora, acabaram.
O trabalho que apresentei ontem foi na disciplina de Reabilitação psicossocial sobre serviço residencial terapêutico, um dispositivo bem bacana que o SUS tem para a efetivação da reforma psiquiátrica, de forma a retirar os pacientes dos manicõnios e dar um lar para eles.
Ao começar a fazer o trabalho, fiz um breve histórico da moradia no Brasil e, como isso interessa a toda a sociedade, resolvi postar aqui para nossa reflexão.
Antes de 1930 a produção habitacional no Brasil era da iniciativa privada, numa época em que a economia era baseada no setor agrário exportador.
A partir de 1930, o processo de industrialização brasileiro se afirma, caminho de desenvolvimento e modernização da sociedade.
O Estado passa a investir em infra-estrutura urbana e regional visando o desenvolvimento industrial e a substituição das importações.
Era Vargas – Houve a construção dos primeiros conjuntos habitacionais para determinadas categorias profissionais, utilizando-se recursos dos novos Institutos de Aposentadoria e Pensões.
Em 1946 é criada a Fundação da Casa Popular cujos objetivos eram a construção de moradias, o apoio à industria de materiais de construção e a implementação de projetos de saneamento.
Entretanto, desde a sua criação até 1964, quando foi extinta, não chegou a produzir 17 mil unidades.
1940-60 - População passou de 41 milhões para 70 milhões de habitantes, com taxa de urbanização aumentando de 31% para 45%.
A este incremento populacional correspondeu um aumento do número de assentamentos irregulares nas cidades e uma extensão irracional da malha urbana que consolidou as periferias como local de moradia da população de menor renda e nas metrópoles acelerou o processo de favelização.
1964-86 - Após a tomada do poder pelo regime militar, houve, um gigantesco investimento de recursos financeiros no setor habitacional que ocasionou a mudança no perfil das grandes cidades por meio da verticalização das edificações.

No âmbito deste Sistema, o Banco Nacional de Habitação (BNH) era sinônimo de presença estatal centralizadora na área da produção e distribuição habitacional.
O novo regime militar, por sua vez, estava interessado em aumentar sua popularidade concentrando o projeto de política urbana na questão habitacional.
Esse sistema constituiu-se em um dinâmico mercado imobiliário baseado na concessão de crédito habitacional com fonte de recursos próprios, oriunda da poupança voluntária e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Este sistema foi incapaz de atender às necessidades habitacionais da população brasileira, sobretudo a de baixa renda.
Entretanto, cerca de 4,4 milhões de unidades foram financiadas pelo sistema no período de 1964 a 1986, representando 27% do incremento do estoque de moradias urbanas no período, estimado em 16,6 milhões de unidades (incluindo todos os mecanismos de produção informal).
Crise econômica nos anos 80 e 90- O arrocho salarial e a queda do poder aquisitivo tiveram como conseqüência a inadimplência, que atingiu o Sistema Financeiro da Habitação, culminando com a extinção do BNH. Neste processo, surgem e consolidam-se os “movimentos de mutuários” exigindo mudanças na política habitacional oficial.
O rombo deixado pelo Fundo de Compensação das Variações Salariais, que tinha por objetivo cobrir o saldo residual dos financiamentos imobiliários do SFH, chega atualmente a R$ 67,4 bilhões.
Após a extinção do BNH, em 1986, a questão habitacional passou a ser tratada de forma dispersa em diversos órgãos da estrutura governamental federal.
A política habitacional passou a ser redirecionada para programas de aquisição de lote urbanizado, produzido em parceria com Prefeituras ou em mutirão dos próprios moradores.
Ao longo da última década, as normas de distribuição de recursos do FGTS foram ainda mais se distanciado das famílias carentes.
No período de 1995/2000, os financiamentos para a faixa de até 3 salários mínimos utilizaram 11% dos recursos; a faixa de 3 a 5 salários mínimos utilizou 12%; a faixa de 5 a 8 valeu-se de 28% e a faixa acima de 8 salários mínimos ficou com 49%.

Nos anos 90, os movimentos populares de moradia que atuam no Fórum Nacional de Reforma Urbana apresentaram no Congresso Brasileiro uma iniciativa popular subscrita por 1 milhão de eleitores, criando o Fundo Nacional de Moradia Popular e o Conselho Nacional de Moradia Popular, com o objetivo de implantar uma política habitacional nacional para a população de baixa renda.
O projeto contém a concepção de um sistema descentralizado e democrático, em que Estados e Municípios também deverão constituir seus próprios Fundos de Moradia a serem geridos por Conselhos com a participação popular.
Para utilizar os recursos deste fundos, Estados e Municípios deverão desenvolver programas de habitação de interesse social tendo como agentes promotores as organizações comunitárias, associações de moradores, cooperativas habitacionais populares ou de sindicatos.
A população beneficiária seria aquela que vive em condições precárias de habitabilidade, em favelas, loteamentos clandestinos ou cortiços.
Esse direito já estava previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, desde 1948. No Brasil, foi preciso tempo e luta para incluí-lo no artigo 6º da Constituição. Somente em 2000, por meio de uma emenda, a habitação adequada tornou-se direito do cidadão. Mas, afinal, o que é moradia digna?
Moradia digna não é apenas ter uma casa para morar. A população também deve contar com infra-estrutura básica (água, esgoto e coleta de lixo) para ter habitação de qualidade – que é um dos componentes do padrão de vida “digno”. No entanto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2000, eram aproximadamente 41,8 milhões de pessoas carentes desses serviços em casa. E ainda, quase dois milhões de domicílios localizavam-se nas favelas.
No Brasil, o Ministério das Cidades conta com a Secretaria Nacional de Programas Urbanos para planejar e implantar políticas urbanas e habitacionais. Esse direito tem que ser um compromisso também da sociedade para garantir moradia adequada a todos, e assegurar o acesso à terra urbanizada e bem localizada. Para isso, é necessário subsídio e financiamento porque o custo de moradia é alto e a renda das pessoas é baixa.
Nesse contexto, a renda é a principal causa das desigualdades da moradia no Brasil. De acordo com o IBGE, 83% das pessoas que não têm casas ou que moram em condições precárias, possuem renda familiar mensal de até três salários mínimos.
Entretanto, o Governo brasileiro não tem recursos suficientes nem para construir casas nem para solucionar todos os problemas da falta de infra-estrutura.
Em meio aos problemas da habitação brasileira, o País ainda vive uma contradição: faltam ser construídas 7 milhões de moradias (déficit habitacional) para que todos os brasileiros tenham onde morar, enquanto 5 milhões de casas estão vazias. A deficiência nesse setor proporciona o surgimento de organizações como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que fazem ocupações nos espaços considerados “abandonados”.
A desigualdade da moradia no Brasil parece que ainda vai levar muito tempo porque esse não é um problema que se resolve rápido. Não é apenas falta de dinheiro, demanda políticas públicas.
Segundo dados do Ministério das Cidades, o déficit de moradias, que antes era de 6,6 milhões, passou para 7,2 milhões. Nas áreas urbanas o acréscimo foi de 5.414 milhões para 5.470 milhões de unidades, ao passo que nas áreas rurais o déficit subiu de 1.241 milhões para 1.752 milhões. De acordo com o levantamento oficial mais recente, feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2002, 23,3% dos domicílios urbanos de todo o país não têm esgotamento sanitário e 10,7% não dispõem de água encanada.
Enquanto a política econômica e social do governo federal beneficia os banqueiros e a grande burguesia, tratando com total descaso a área social e o problema da moradia, o povo implementa suas próprias medidas, concretas, para resolver a questão, organizando-se e ocupando áreas e edifícios abandonados nas cidades.
A população que mora em favelas no Brasil aumentou 42% nos últimos 15 anos e alcança quase 7 milhões de pessoas, segundo análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) de 2007.Em 1992, havia 4,914 milhões de pessoas morando em favelas em áreas urbanas (3,2% da população brasileira). Em 2007, esse número passou para 6,979 milhões (3,8% da população).Grande parte dessas pessoas está concentrada nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio.
Aluguel- No período entre 1992 e 2007, a maioria dos indicadores vinculados às condições de moradia no país melhorou, com exceção do número de brasileiros que vivem em favelas e que têm gastos considerados excessivos com aluguel; 3,4% dos moradores de áreas urbanas -ou 5,4 milhões de pessoas- gastam mais de 30% da renda com o aluguel, implicando em menos dinheiro para o consumo de outros serviços e produtos.

Na nossa querida cidade, temos um problema seríssimo, tanto de déficit habitacional como de moradia inadequadas. Na periferia, temos o problema das populações ribeirinhas e das áreas de invasão.
Acredito que está passando da hora de toda a sociedade se mobilizar para esta questão, pois o problema de cada um, certamente, é o problema da coletividade.
Beijão e até mais, tchau pardal....

terça-feira, 11 de novembro de 2008

UMA BELEZA DIFERENTE

Nesse fim de semana aconteceu no espaço educacional o concurso de Miss Gay Lorena, como acontece todos os anos.
Estava lotado o local, foram vendidas todas as 50 mesas que o Beto cabeleireiro colocou a venda, fora as pessoas que ficaram em pé por não haver mais mesas.
Foi muito chique o desfile, o Beto como sempre fazendo a apresentação com comentários pontuais. Em um deles ele falou que gostaria que alguma entidade da cidade como APAE (associação dos pais e amigos do excepcionais) ou a ADEFIL ( associação dos deficientes físicos de Lorena) fizessem o concueso para ficar com o lucro como acontecia com o fascina show, mas acredito que ano que vem será assim.
As candidatas estavam belíssimas, entraram primeiro em traje de sonho e depois em traje de noite, com vestidos da mais alta costura.
No jurado, além de mim, estavam a belíssima Miss Comerciarios 2008, Ademir Peralta, a Miss gay do ano passado Raviana Lois, o Luíz que organiza concurso gay em sampa, o Hélio, nosso querido amigo Zé Carlos que organiza este mesmo concurso em Guaratinguetá, entre outros.
A Trup de sampa ficou por conta da Val, que trouxe um espetáculo maravilhoso da noite paulistana, com 3 couveres da Leci Brandão, Alcione e Bethânia além de drags e o Ribas, que organiza o Miss World em Sampa que fez uma performance maravilhosa de Ney Mato Grosso e Barbara Hades que abalou na dublagem e nas performances, principalmente de Clara Nunes.
Foi sentida a falta do nosso prefeito municipal Dr Paulo Neme que deu total apoio ao evento, sem o qual, seria muito difícil mantê-lo.
O melhor traje de noite foi pra Camily, produzida por Rinald, o melhor traje de sonho foi pra Sabrina Beker. O 1ºlugar, por unânimidade do público ficou com Nataly, louríssima e muito simpatica além de bonita, é claro; o 2º foi pra Camila Beduske e o 3ºlugar para Vitória para todos.
Foi um concurso muito gostoso e bonito, ninguém viu a hora passar e demonstrou, pelo público eclético presente (que incluiu personalidades do mundo gay, empresarial, político, da moda, imprensa, etc), que Lorena e nosso amado povo já está entendendo melhor as diversidades e respeitando e desmistificando o estigma e preconceito.
Acredito que Lorena pode vir a ser uma grande referência nas diversidades; nosso comércio certamente agradeceria, visto que o público GLS, como já é sabido, é grande consumidor e leva divisas por onde passa.
No dia 30 de novembro vai acontecer o já tradicional futgay, onde os salões do Beto e do Rinald arrecadam brinquedos e a entrada é um brinquedo também, que são encaminhados para o fundo social, objetivando a doação para o natal das crianças carentes.
E você, leitor amigo, já pode fazer sua doação, comprando um presentinho no 1,99 e deixando no salão do Beto ou do Rinald.
Vamos apoiar os movimentos da nossa diversidade social que insere, de forma ímpar, um novo tempo e consciência.
Parabéns a todos que fazem e apoiam essa conquista !
Igualdade para as diversidades.
Fui...

sábado, 8 de novembro de 2008

É TUDO QUESTÃO DE CULTURA!

Há exatamente 215 anos, abriu-se ao público o museu do Louvre.
Instalado no Palácio do Louvre, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico).
É onde se encontra a Mona Lisa ( a original, porque a cópia eu tenho em casa, abala na minha sala rsrsrrsrs), a vitória de Samotrácia, a Vênus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas.
O Louvre é gerido pelo estado francês através da Réunion des Musées Nationaux. Foi o museu mais visitado do mundo em 2007, com 8,3 milhões de visitantes.
O primeiro real "Castelo do Louvre" neste local foi fundado por Fellipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. No século seguinte, CarlosV transformou-o num palácio. Mais tarde, reis como Luis XIII e Luis XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palácio do Louvre.As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente François Mitterrand, estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa pirâmide de vidro desenhada pelo aarquiteto chinês I.M.Pei no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.
No dia 7 de novembro de 1968, portanto há 40 anos, inaugurou o novo prédio do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), localiza-se na aavenida Paulista. Um dos mais importantes espaços culturais do país, é popularmente conhecido pelo edifício de arquitetura arrojada que abriga as suas instalações, famoso ícone da capital paulista.Instituição particular sem fins lucrativos, o museu notabiliza-se pelo extraordinário acervo reunido desde sua fundação em 1947. Reconhecida internacionalmente por sua qualidade e diversidade, a coleção do MASP é considerada a mais importante da América Latina, com obras que abrangem da Antiguidade Clássica até a Arte contemporânea
O crescente volume e importância da coleção de obras de arte exigiam a construção de uma sede própria. Com esse intento, a prefeitura doou o terreno antes ocupado pelo Bewlvedere Yrianon, tradicional ponto de encontro da elite paulistana, que havia sido demolido em 1951 para abrigar a primeira Bienal Internacional de Arte de São Paulo. O terreno da Avenida Paulista havia sido doado à municipalidade com a condição de que a vista para o centro da cidade fosse preservada, através do vale da Avenida Nove de Julho.
Lina Bo Bardi concebeu arquitetonicamente o prédio atual do MASP. Para preservar a vista exigida para o centro da cidade, a arquiteta idealizou um edifício sustentado por quatro pilares. A construção é considerada única no mundo pela sua peculiariedade: o corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais com um vão livre de 74 metros. A inovação foi viabilizada pelo trabalho do engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz. Construído de !956 e !968, a nova sede do MASP foi inaugurada em 7 de novembro de 1968 com a presença de Rainha Elizabeth II do Reino Unido.
O Museu do Louvre, de Paris, recebeu uma obra do MASP para completar a exposição MANTEGNA, dedicada ao grande mestre renascentista italiano, que ficará aberta ao público de 26 de setembro a 5 de janeiro de 2009. A obra São Jerônimo Penitente no Deserto (1448/1451) mostra o santo recluso no deserto para meditar, o que a diferencia de outras obras quatrocentistas da mesma representação, nas quais São Jerônimo é visto em momento de penitência e sofrimento. Na obra do MASP, em vez de objetos de auto-flagelação, Mantegna pincelou um rosário e um livro, incitando a reflexão entre a fé e a razão.
A série completa de 73 esculturas em bronze do artista francês Edgar Degas (Paris, 1834 - 1917), pertencente ao acervo do MASP, estendeu sua rota de viagem. Depois de exposta em duas instituições nos Estados Unidos - Boca Raton Museum of Art, em Boca Raton (Flórida), de 23 de janeiro a 27 de abril, e no Frederick Meijer Gardens & Sculptures Park, em Grand Rapids (Michigan) 28 de maio a 31 de agosto – seguiu para o novo espaço de arte da Fundación Mapfre, de Madri, onde ficará de 10 de setembro a 15 de março de 2009. Nesta última, complementada com a pintura Quatro Bailarinas em Cena, a exposição ganha o nome de Más Allá de La Pintura.
Este tesouro do museu paulista se mostra pontual referência brasileira nas artes do mundo todo, tanto para valorizar o Brasil no exterior quanto para atrair grandes mostras internacionais.
Lamentavelmente, na edição da revista veja de 2 de julho de 2008, na página 136,li uma matéria intitulada de: UM MUSEU AOS PEDAÇOS, onde uma devassa nas contas da instituição flagrou uma situação de falência financeira.
Na nossa querida cidade de Lorena, a Dona Eva faz um belo trabalho na Secretaria de cultura, porém, falta um esforço de toda nossa sociedade no sentido de ampliar nosso leque cultural, valorizando nossos artistas locais (que são muitos), como músicos, pintores, escultores, para valorizar nossa cultura e identidade, fato que se negligenciado, corremos o risco de sermos um povo sem memória e sem cultura.
o Casarão do Conde de Moreira Lima, de estilo neo-colonial, é talvez a mais rica e sólida construção, não só de Lorena como de todo o Vale Paraíba é a sede local da secretaria da cultura, onde acontece exposições, recitais,lançamento de livros e outros eventos culturais.
Entretanto, precisamos entender que a cultura é dinâmica e em processo de transformação. Acredito que precisamos rever a grade curricular dos ensinos fundamental e médio, levando a história da arte e da cultura para que nossos jovens cresçam com um olhar mais crítico e valorizando esse tesouro, ignorado pela maioria das pessoas da nossa geração.
É TUDO QUESTÃO DE CULTURA.
Vamos discutir esse pilar de uma sociedade mais livre, mais consciente e mais inteligente para o bem de todos e valorização de nós mesmos.
Beijão e até mais....

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ANTES TARDE DO QUE MAIS TARDE!!!

Ontem foi um dia especial, foi a inauguração da chopperia e restaurante Gratinados, do nosso querido amigo Drº Guilherme-o Gui. O ambiente está chiquérrimo, com muitas luzes, cores de bom gosto, você percebe o cuidado e o carinho com que o ambiente foi criado. No salão principal, a disposição das mesas ficou muito boa, de modo a não atrapalhar os garçons e no sobradinho que está funcionando somente a parte inferior, está tudo de bom. O jardim está belíssimo e a iluminação nas palmeiras deu um toque “klim” de sofisticação e um “up” no lugar.
A banda completou esse cenário na medida com boa música: o chopp gelado, bons vinhos, pessoas maravilhosas, sem falar na comida, pois na cozinha o comando é da nossa amiga Luciene que arrasou ontem (eu como estou de regime só fiquei nas provinhas rsrsrsrs), mas o gratinado de camarão , nem é bom falar!!!
Estavam lá todos os amigos da trup como vários médicos do santa casa, advogados, vereadores eleitos, jornalistas e colunistas, moçada mais jovem, enfim, gente bonita e feliz com o ambiente que nosso amigo criou para nós.
A idéia do restaurante surgiu de encontros assíduos dos amigos, que todo fim de semana se reuniam, então na casa do Gui, para um bafinho de leve. Entre churrascos e pratos mais elaborados, teve um dia que a Luciene foi fazer lazanha, (detalhe, ela faz a massa) e de tão gostoso que ficou, começamos a falar do restaurante, um sonho antigo do Gui.
Assim surgiu o novo espaço, de uma idéia de amigos aliado a um antigo sonho.
Outro dia tomávamos sol na piscina e o Gui me falou o seguinte:
“Mafu, ainda não realizei nenhum sonho na minha vida, tenho vontade de ter um negócio, de preferência um restaurante, pois gosto de receber as pessoas. Fora da medicina e meus filhos, ainda não fiz nada que eu quisesse. Sonho com um restaurante e uma chácara, para fornecer as próprias verduras, legumes e ovos para a casa”.
Bem gente, esse papo já faz mais de 1 ano e hoje o restaurante está lá, só falta a chácara.
Particularmente, admiro pessoas como o Guilherme e tento imitar, porque na nossa vida, como o post anterior de Luter King, temos de ter um sonho e correr atrás dele.
E foi maravilhoso tudo isso, poder sonhar junto com as pessoas e partilhar da realização deste sonho, a gente se sente parte integrante e a realização da pessoa se torna um pouco nossa também.
E você, leitor e amigo querido, preste muita atenção antes de desistir de algo importante para você, porque os obstáculos são do tamanho dos nossos sonhos e inerentes a ele. Sei que não é nada fácil permanecer na perseverança, na confiança e na fé da concretização das nossas vontades, porém, se você tem um sonho no seu coração, isto é um sinal de que ele foi feito pra você e de que é possível realizá-lo em detrimento de quaisquer dificuldades.
Vejo a vida como um teatro real, o mundo é nosso cenário, nossa vida é o enredo, nós somos os personagens principais, o problema está na crença do nosso não merecimento do que queremos, então não passamos de atores coadjuvantes da nossa própria e efêmera, mas fascinante existência.
Se começou um trabalho, faça bem feito pra ter progresso, se começou um novo curso , termine, desperte o tesão por você e sua vida, tenho certeza que você irá descobrir outras forças e vontades que já estão dentro de você, porém esperando sua ordem pra começar a arrasar, abalar, festejar, mas antes, trabalhe na idéia e persevere sempre.
E não se preocupa com sua idade ou coisas do gênero, pois como o Guilherme nos ensinou ontem:
ANTES TARDE DO QUE MAIS TARDE...
Beijão e até mais,

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

EU TENHO UM SONHO (Discurso de Matin Luther King em 28/08/1963

Oi gente, pensei no que escreveria aqui sobre a vitória de OBAMA, mas, lendo os comentários de vocês, percebi que não precisaria escrever nada, pois´meu grande amigo André Fillippini já havia deixado pronto pra mim.
Certamente, onde estiver Luther King agora, ele deve estar feliz por ver seu compatriota e negro como ele , assumindo a casa branca. Quem sabe um dia esta história não se repita, aqui, no Brasil.
Então boa leitura e reflexão a todos vocês.
Beijão e até amanhã.

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação. Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição. De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes". Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça. Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus. Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?" Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero. Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado. "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado. Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade. E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:"Livre afinal, livre afinal.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A DIFERENÇA QUE FAZ A DIFERENÇA.

Não poderia deixar de registrar aqui a fantástica corrida de fórmula 1 de ontem.
Realmente senti a tristeza por Felipe Massa não ter levado o título, por outro lado o inglês Lewis Hamilton bem que mereceu o tão disputado prêmio. Na última curva, nos últimos 600 metros e por apenas 1 ponto de diferença, realmente foi fabuloso!!!
Fiquei pensando nisso e nos reflexos que as pequenas diferenças fazem na vida da gente.
Nos esportes fica fácil a gente perceber, um exemplo disso são as corridas de 100 metros nas olimpíadas que,na maioria das vezes, precisam da ajuda tecnológica para dar o resultado correto. Nas corridas de cavalos, muitas vezes, a diferença é menos que uma narizada, aliás, o nariz me remete ao desfecho das eleições municipais carioca, onde Gabeira disse que a diferença ia ser por um nariz, pena que não foi para ele e a diferença foi pequeníssima mesmo.
E na vida é assim. Nos processos seletivos das empresas, levam-se em conta as posturas dos candidatos, a camisa muita bem passada, a barba mais bem feita, esses pequenos detalhes fazem a diferença entre entrar ou não no emprego.
No dia a dia também fazemos diferenças que nem percebemos; o simples fato de você dar um bom dia com um sorriso pra alguém já altera a energia do seu dia e dela também. As pequenas e mágicas frases como: com licença, por favor, desculpa, muito obrigado, já diziam que são palavras de valor de um povo educado. E como é bom estar ao lado de uma pessoa educada e cordial, até os gatos e cachorros gostam, imagine quem permanece ao seu lado então! Quanta diferença!
As atitudes frentes as situações também mudam e sempre dependem do paradigma, do ângulo de visão. Por exemplo, para duas pessoas que acabaram de descobrir que são diabéticos, um pode reagir com uma enorme revolta com a vida, a outra pode pensar, que bom que existe a insulina e etc, e nem preciso responder quem vai se sair melhor com o tratamento.
As diferenças que fazem as diferenças têm uma estreita relação com as nossas escolhas. Às vezes precisamos escolher entre o que gostamos em detrimento do que nos faz bem, então somos remetidos às lembranças e nem sempre estamos dispostos a abrir mão dos prazeres anteriores, então vivemos na mesmice mesmo.
Mudar às vezes dói, e dói muito, principalmente quando envolve crescimento pessoal e amadurecimento afetivo, mas a diferença que faz a diferença está justamente ai; a maioria das pessoas permanecem na sua zona de conforto e daí não causam mudanças e nem diferenças.
A diferença que faz a diferença, normalmente começa com a clareza de um objetivo a alcançar e, por mais impossível que pareça ser atingi-lo, a diferença está justamente ai, na certeza que já o alcançou, ou seja, a confiança é fundamental. A pessoa que tem essa confiança certamente faz toda a diferença!
E o melhor de tudo é saber que essa confiança pode estar presente em todas as interfaces da vida: profissional, social, afetiva e principalmente espiritual, mesmo porque, estar confiante de fato é apenas uma questão de espírito.
Enfim, amigos, vamos acreditar sempre, porque as derrotas temporárias de quem acredita que faz a diferença só aparecem para fortalecê-las.
...E amanhã, quando o mundo te disser não, lembre-se, faça a diferença que faz a diferença, acredite, sorria e tente de novo.
Seja diferente amanhã...

domingo, 2 de novembro de 2008

BABADOS. BABADINHOS,BABADEIROS E BAFONDS!!!

O que é um babado? É uma coisa que acontece que vira notícia
O que é um babadinho? É a tal da notícia que o povo adora comentar
O que é Babadeiro?: São os atores do babado que geram os babadinhos
O que é bafond? ( meio francês mesmo pq é chique) É todo o alvoro causado quando um babadeiro, faz um babado que gera um monte de babadinhos.
Cuidado gente!!! Cuidado babadeiros de plantão!!!
O pessoal tá espertíssimo vejam só o resultado das eleições...
No mês do halloween não poderia ser diferente.... Dr Paulo, babadeiro forte, abalou bangu, xingu e Lorena inteira aplaudiu, no final da campanha tinha até outros babadeiros que tentaram falar da moral dele e, dizem por ai, que estão tentado entender o que nem Freud consegue explicar, foi um bafond daqueles e dizem mais, que teve até ebó, oferendas, deixa pra lá...
Um bar muito legal em Lorena, das minhas amigas babadeiríssimas Verusca e Fabiana (mesclado), antigo cravo e canela, guinza e outros points de babados fortes, está virando a onda dos nobres Edis ( não confunda com o edi dos outros), tem gente querendo até fechar o bar de tão badalado que anda, entre um chopinho e outro, o chopp entra e a verdade sai, dizem os caçadores de babadinhos....)
Outra sensação que promete muito na night de Loren city e o Bar e restaurante Gratinados, do proprietário Drº Guilherme, é ele mesmo, ginecologista renomado da cidade e chefe de uma tribo de babadeiros fortíssima que tem aqui. Só pra vocês terem uma noção, dizem que tem até cadeira cativa num cantinho que chama cantinho dos amigos (eu também tenho uma cadeirinha lá, que medo), mas esse cantinho na verdade tinha de chamar cantinho dos babados forte, pq vai ser o verdadeiro butatã (por isso quero ser o primeiro a chegar e o último a sair pq eu não sou bobo).
E por ai vai os babados em Lorena, cada bairro tem pelo menos um monte.
No bairro da Olaria temos no bar do careca o carrinho de churrasco do Poti ou Potiranguaba como dizem alguns. Lá entre um espetinho e outro a gente fica arrepiado com cada babado que sai de baixo pq é bafond. No bairro da cruz se vc quiser saber de babados fortes é só ir no quisque no domingo a noite ou conversar com o pessoal na esquina do chupeta na 7 de setembro, mas cuidado, se o Messias perceber vc tb vai virar notícia no blog dele, Chantilly com pimenta (sentiu no nome?) E por ai vai os babados e bafonds desta nossa querida cidade. Tem pontos de babados e babadeiros em todo o lugar, na Cecap e Santo Antonio, na Industrial e Vila dos comerciários, na Capelinha e Ponte Nova, vila Passos, Santa Edwirges, Pq Rodovias e horto, enfim, tem babado e bafond que no popular é bafo mesmo em todos os lugares e logo logo vamos contar outros babados e babadinhos dos babadeiros que fazem os bafos.
Até mais...

sábado, 1 de novembro de 2008

A QUESTÃO DO CIDADÃO NEGRO NO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

A QUESTÃO DO CIDADÃO NEGRO NO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Embora livres através da Lei Áurea desde 1888, 120 anos depois ainda percebemos que a ascensão do cidadão negro nos diversos setores na atualidade brasileira ainda é muito pequena em relação à proporção populacional que representa no nosso cenário demográfico, embora a miscigenação ocorrida no nosso país torne esse fato não muito evidente.
O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África.Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os auto-declarados negros representam 6,3% e os pardos 43,2% da população brasileira, ou seja, oitenta milhões de brasileiros. Tais números são ainda maiores quando se toma por base estudos genéticos: 86% dos brasileiros apresentam mais de 10% de contribuição africana em seu genoma. Devido ao alto grau de miscigenação, brasileiros com ascendentes da África, principalmente subsaariana podem ou não apresentar fenótipos característicos de populações negras (aspectos físicos), porém, apresentam em seus genótipos (aspectos genéticos).
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O Brasil recebeu cerca de 37% de todos os escravos africanos que foram trazidos para as Américas, de 3 a 4 milhões de pessoas desde 1550. Durante o período colonial, os escravos de origem africana ou indígena eram a quase totalidade da mão-de-obra da economia do Brasil, utilizados principalmente na exploração de minas de ouro e na produção de açúcar.
Os homens eram a grande maioria dos escravos traficados, o que afetava o equilíbrio demográfico entre a população afro-brasileira. No período entre 1837-1840, os homens constituíam 73,7% e as mulheres apenas 26,3% da população escrava. Além disto, os donos de escravos não se preocupavam com a reprodução natural da escravaria, porque era mais barato comprar escravos recém trazidos pelo tráfico internacional do que gastar com a alimentação de crianças.
Embora tenha sido proibido por várias leis anteriores, o tráfico internacional de escravos para o Brasil só passou a ser combatido através da lei Eusébio de Queiroz de 1850, Lei do Ventre Livre e dos Sexagenários, mas foi somente em 1888 que foi definitivamente abolida através da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel. O Brasil foi a última nação ocidental a abolir a escravidão.
Os escravos africanos trazidos ao Brasil pertenciam a um leque enorme de etnias e nações. A maior parte eram bantos originários de Angola, Congo e Moçambique, porém, em lugares como a Bahia, predominaram os escravos da região da Nigéria, Daomé e Costa da Mina. Eram maiores e mais robustos que os bantos, e também mais desenvolvidos. Alguns escravos Islâmicos eram alfabetizados em árabe e já traziam para o Brasil uma rica bagagem cultural. Miscigenaram-se com os portugueses e índios, formando a raiz étnica do povo brasileiro.
A tentativa do governo brasileiro em "branquear" a população marcou o século XIX e início do século XX. O governo libertou os descendentes de africanos, mas não deu assistência social aos ex-escravos, que foram abandonados à própria sorte. O escravo seria substituído pelo imigrante europeu: entre 1870 e 1953, entraram no Brasil cerca de 5,5 milhões de imigrantes, dentre os quais havia uma maioria de italianos, os preferidos do governo, por serem brancos e latinos.
O governo brasileiro ambicionava que os imigrantes se casassem com mestiços e negros, para diluir a raça negra na população brasileira. A entrada em massa de imigrantes europeus no Sul e Sudeste do Brasil mudou relativamente a demografia do País. Em poucas décadas verificou-se que a população de origem "negra e mestiça" foi superada pela população "branca". O casamento entre imigrantes europeus e brasileiros apenas alterou o fenótipo. Geneticamente, a população brasileira continua mestiça.
Nos censos brasileiros, a maioria da nossa população continua se classificando como branca (49,9%), uma parcela considerável como parda (43,2%) e um número muito reduzido como preta (6,3%). Geneticamente, o Brasil tem uma esmagadora maioria mestiça, apenas 14% dos brasileiros são geneticamente brancos, número bem inferior aos quase 50% dos censos do IBGE. A tentativa de grande parte dos brasileiros em se classificarem como brancos no censo é fruto de um racismo velado enraizado na cultural do País, onde a mídia ainda impõe um padrão de beleza ariano.
Coloco ainda alguns dados relevantes sobre a questão do negro na atualidade, tais como:
Segundo dados do Censo de 2000 , promovido pelo IBGE, o Brasil possui 169,8 milhões de habitantes, dentre os quais 76,4 milhões são pessoas negras (pardos e pretos), o que corresponde a 45% dos habitantes, o que tem levado à afirmação de que o Brasil seria a segunda maior nação negra do mundo fora do Continente africano.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revelam que o Brasil possui um contingente de 53 milhões de pobres e 22 milhões de indigentes. Verificou-se que os negros em 1999 representavam 64% da população pobre e 69% da população indigente. Os brancos por sua vez, sendo 54% da população total brasileira, representavam somente 36% dos pobres e 31% dos indigentes.
Segundo o pesquisador Henriques o "nascer negro no Brasil está relacionado a uma maior probabilidade de crescer pobre."
Segundo o relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2005, sobre o desenvolvimento humano no Brasil , entre outros dados apresentados, mostrou que o número absoluto de pobres no Brasil, com renda per capitã inferior a R$75,00 no ano de 2000, diminuiu em 5 milhões entre os anos de 1992 a 2001, entretanto, os negros pobres, ao contrário da tendência, aumentou em 500 mil.
Revela ainda, baseado em dados do IBGE, que a renda per capita dos brancos de 1980 era de 341,71 reais corrigidos, mais do que o dobro da renda auferidas pelos negros em 2000, vinte anos depois, que não atingia mais que 162,75 reais. Tais desigualdades, segundo o relatório, demonstram que a democracia racial no Brasil não passa de um "mito", sugerindo, ao final, a aplicação de ações afirmativas, incluindo o sistema de cotas, a fim de corrigir os danos causados pelo racismo “velado” no Brasil.
Portanto, vamos levantar a bandeiras das divergências, discutirmos questões que enfoquem as pessoas no cenário social,pois, só com as pessoas mais consciente e militantes, é que vamos melhorar e mudar nosso Brasil.