terça-feira, 7 de dezembro de 2010

(92) E O RIO DE JANEIRO...CONTINUA LINDO?...

Na edição do dia 4 de dezembro, o Vereador Valdemir Vieira-Mafu fez uma reflexão dos acontecimentos no Rio de Janeiro, sempre fazendo um link com a cidade de Lorena. Vale a pena conferir!

Nesses últimos dias os olhos dos brasileiros se voltaram para uma operação jamais vista no país; a força tarefa contra o tráfico no Rio de Janeiro. Tanques de guerra, helicópteros, aviões, carros diversos, homens do exército, marinha, aeronáutica trabalhando em conjunto com as polícias civil e militar; um verdadeiro exército nas ruas e morros cariocas. A população aplaudiu os militares e desabafava orgulhosa por saírem da opressão. Muitas vezes ouvi as pessoas dizendo que a população apoiava os “donos dos morros”, uma mentira desmistificada agora, pois ninguém quer viver sob o subjugo da opressão - todos querem liberdade e dignidade e isso ficou demonstrado nos discursos dos moradores. Ouvi uma entrevista do prefeito do Rio, Eduardo Paes, na qual, por telefone, ele dizia que agora o poder público irá oferecer serviços para as comunidades como a implantação de equipes de saúde da família, creches, água, luz e esgoto (sem os famosos gatos), mais escolas, etc. Também ouvi pela TV alguns comentaristas dizerem que, após a cidade do Rio ter sido escolhida a sede das olimpíadas e também de alguns jogos da copa, implantaram as unidades de polícia pacificadora para atenuar as mazelas cariocas, o que acabou deflagrando os ataques dos criminosos e a reação do poder público.
Então muitos de nós ficamos nos perguntando: Há quantos anos a sociedade carioca convive com esses problemas, será que tudo o que está acontecendo foi apenas devido à copa de 2014 e a olimpíada de 2016? Será que precisamos sediar um evento internacional para podermos ter a coragem de encarar um problema grave e tomar atitudes? Se o Comitê Olímpico Internacional não ameaçasse retirar o direito de sediar as olimpíadas da “Cidade Maravilhosa”, como veiculado por algumas mídias, o Rio ainda estaria refém do crime? E o povo? Nossa gente é menos importante do que os dólares que ainda serão deixados na cidade? Tudo isso que está sendo feito é realmente em favor da população ou para atender uma política cada dia mais capitalista? Porque essas ações não foram feitas há 10, 15 ou 20 anos atrás?

Críticas a parte, acho que está sendo muito bom, antes tarde do que ainda mais tarde. O fato é que não precisamos ser ameaçados para agirmos; podemos apenas querer o bom e o melhor para todos nós, e isso passa necessariamente por uma mudança de paradigma. O bom e o melhor não é um favor, é o essencial.
Trazendo isso para a nossa municipalidade, quando falamos em mutirões constantes de diversas secretarias nos nossos bairros, para deixarmos nossas ruas e praças limpas, pintadas e sem buracos, com criadouros do mosquito da dengue sendo retirados, deixando a população devidamente orientada, estamos falando em prevenção de um mal que está iminente. Aqui não temos a ameaça do crime (embora exista e esteja aumentando), no entanto, estamos sendo ameaçados pela dengue e outros bichos, além do temor constante de enchentes quando as nuvens escurecem no céu.
Assim e conforme nossos pedidos na Câmara Municipal, agradeço ao nosso prefeito, aos secretários, funcionários e também aos soldados e comando do 5º BIL e a população pela mobilização no sentido de prevenção à Dengue e limpeza da cidade. Logo, logo poderemos falar novamente: A cidade de Lorena continua linda... e limpa.

(91) SOBRE A ESCURIDÃO, RATOS, URUBUS, MOSQUITOS DA DENGUE, ESCORPIÕES E URUTUS-VEREADOR MAFU INSISTE NOS MUTIRÕES DE LIMPEZA NA CIDADE DE LORENA

Na edição do dia 22 de novembro do jornal guaypacaré na coluna do Vereador Valdemir Vieira-Mafu, a denúncia foi sobre as ruas escuras da cidade deixada pela ?Bandeirante energia e da sujeira em Lorena que está favorecendo a proliferação de animais peçonhentos, bem como o pedido de mutirões de limpeza em toda a cidade para prevenir uma bem possível e iminente epidemia de dengue. CONFIRA!

Estamos vivendo um momento de infestações de animais peçonhentos na nossa cidade de Lorena. Por anos seguidos nos orgulhamos em manter o Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da DENGUE longe da nossa cidade e, os casos que aqui foram registrados eram todos importados, ou seja, eram pessoas que foram para municípios que estavam com a doença, se contaminaram por lá e apresentaram a doença aqui, uma vez que os primeiros sinais e sintomas levam de 5 a 7 dias para se manifestarem.
O trabalho era grande; os funcionários da vigilância epidemiológica juntamente com os agentes comunitários de saúde dos PSFs visitavam as casas, orientavam os moradores e retiravam os criadouros que eram levados nos caminhões por funcionários da secretaria de serviços urbanos (garagem). Os agentes da vigilância epidemiológica, freqüentemente, examinavam as armadilhas em pontos estratégicos de diversos bairros, como oficinas, borracharias, etc, e sempre davam resultados negativos, ou seja, não eram encontrados larvas dos mosquitos. Desde o ano passado o resultado já vem positivando e precisamos intensificar a campanha e as ações de saúde, para não termos uma epidemia na cidade e também precisamos da ajuda da população nessa luta que é de todos nós. Com este cenário, apresentarei na próxima sessão uma moção de apelo ao nosso executivo para que se realize uma grande força tarefa com as secretarias de saúde, de serviços urbanos, trânsito, obras, meio ambiente e, principalmente, educação para que todos se conscientizem e colaborem no sentido de prevenirmos essa terrível doença que pode ser fatal e para a qual ainda não temos vacina.
Esse grande mutirão na cidade ainda trará a vantagem de também acabar com os lixões nos bairros como a Cecap, por exemplo, capina de ruas e praças, pinturas de guias e lombadas, além da colocação de placas de trânsito em cruzamentos que ainda não tem em diversos bairros, tapa buracos, etc, deixando a cidade limpa e bonita novamente, pois os ratos estão por todos os lados nos nossos bairros e, em alguns, os urubus já se tornaram parte da paisagem urbana.
No Centro da cidade, a situação mais grave é nas imediações da Rua 12 de outubro, 21 de abril e adjacências, pois há mais de 5 anos, segundo moradores antigos do local, a infestação de escorpiões vem aumentando e diversos moradores já foram picados, como o Srº Lairton Marton que, no último domingo, 07 de novembro, sofreu uma picada no indicador direito, foi conduzido ao pronto-socorro e teve de ser medicado com soro antiescorpiônico. Há poucos dias atrás, por sorte, seu filho não fora picado na cabeça, pois um escorpião amarelo se encontrava no seu travesseiro. Na segunda-feira dia 08 de novembro, moradores, também da Rua 12 de outubro, encontraram uma cobra urutu, conforme relatado pela moradora Sandra Guedes.
Ainda segundo esses moradores, há alguns anos atrás, era colocado um produto químico nos boeiros, vedavam-se os mesmos e dois dias depois retiravam a vedação e lavavam com vários jatos de água lançadas de um carro pipa. Também já protocolei um requerimento pedindo a volta desse procedimento pela prefeitura.
Também apresentei uma moção de apelo pedindo para que a concessionária Bandeirante Energia reponha mais rapidamente as lâmpadas queimadas nos postes de todo o nosso município, pois temos encontrado muitas queixas de moradores da cidade, como a Srª Irléia Gemeli da Vila Nunes que está indignada com a escuridão nas ruas do bairro e também do calçadão da estação, onde diversas pessoas usam para fazer exercícios e que agora, infelizmente, à noite, devido a escuridão causada pelas diversas lâmpadas queimadas, ninguém mais se exercita, pois os assaltos já se tornaram freqüentes.
Assim, nossa população, através dos nossos pedidos, clama atenção por parte da prefeitura e dos nossos prestadores de serviços como a Bandeirante, pois conviver no escuro e com animais venenosos e com risco iminente de uma epidemia de dengue, definitivamente, nenhum Lorenense merece! Precisamos de muito trabalho e desde o início do meu mandato peço a realização de mutirões urgentes e constantes em toda a cidade. É a melhor, senão a única maneira de deixar Lorena limpa.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

(90)ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS-UM OLHAR PARA AS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS. Matéria publicada na coluna do Vereador Valdemir Vieira- Mafu na edição do dia 28 de novembro de 2010

Com a temática “UM OLHAR PARA AS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS”, aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo, o II Encontro Interdisciplinar em Álcool e outras Drogas promovido pelo GEAD-USP (Grupo de Estudos em Álcool e outras Drogas) da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. O Enfermeiro e Vereador Mafu é membro do grupo de pesquisa desde seu início em 2006 e participa efetivamente da Comissão Organizadora do Evento desde o I Encontro no ano passado.
O II Encontro teve diversos cursos, entre eles, Entrevista Motivacional e Abordagem Familiar (pois a família adoece junto com o usuário/dependente), voltados para mais de 200 trabalhadores da área da saúde como médicos clínicos e psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, pesquisadores e estudantes, entre outros.
Com relação às populações vulneráveis, foram abordados os aspectos da mulher usuária de álcool e outras drogas, principalmente a gestante, e o tratamento da “Síndrome da Dependência do Recém-Nascido”, que é cada dia mais comum nas UTIs Neonatais de todo o país, da criança e adolescente em situação de risco e também da população de rua (também comum em todas as cidades brasileiras).
Ainda foram discutidos os aspectos da efetivação da Política do Ministério da Saúde para o atendimento com qualidade dos usuários e dependentes de álcool e outras drogas no SUS (Sistema Único de Saúde), como as expansões do CAPSad (Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas), dos leitos em hospital geral para pacientes com transtornos psiquiátricos e de substâncias psicoativas e, principalmente, do acolhimento e tratamento a esses pacientes na atenção básica como a ESFs (Estratégias de Saúde da Família) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que são as primeiras portas de entrada no SUS e onde moram esses pacientes. Para que esse trabalho entre na rotina profissional dessas unidades, o grande desafio é a capacitação profissional desses trabalhadores com condições de trabalho adequadas e serviços de retaguarda especializada, para que se consiga a resolutividade ou a redução dos danos a esses pacientes.
Esse e outros aspectos também foram discutidos e abordados quando da I Conferência e posse do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), realizado no mês passado no Auditório São Joaquim, um grande e valioso passo dado na nossa cidade para se trabalhar essa grande e silenciosa epidemia mundial, que assola nossa sociedade contemporânea e para a qual não podemos fechar os olhos, sejamos cidadãos comuns, políticos ou profissionais, sob pena de pagarmos (e já estamos pagando) um alto preço por isso.
O nosso Vereador Mafu já tem pedido desde o ano passado um CAPSad para a cidade e está trabalhando juntamente com outros profissionais, no sentido da inclusão do primeiro atendimento na atenção básica do município, como a colocação de alguns dados para levantamento epidemiológico na planilha do SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) da Estratégia de Saúde da Família, como preconiza o ministério da Saúde, assim que normalizarem os trabalhos dos Agentes Comunitários de Saúde, cujo processo seletivo se realizou recentemente, além das Intervenções Breves, que são procedimentos que podem ser realizados por quaisquer profissionais da equipe (após treinamento) e a Redução de danos do uso. Esse é o primeiro passo para um diagnóstico correto da situação e acolhimento dessa clientela. Conhecendo o tamanho do inimigo, poderão ser estabelecidas essas e outras políticas de saúde aos nossos lorenenses, que, infelizmente, estão adoecendo e morrendo pela doença causada pelo uso e dependência de álcool e outras drogas. Já com relação a nossa população de rua, esse é outro assunto para outra edição devido a sua dimensão e complexidade.