domingo, 27 de março de 2011

(100) Epidemia de Dengue é realidade em Lorena. Comissão permanente de combate a Dengue inicia ações de combate e prevenção

MATÉRIA PUBLICADA NA ED~IÇÃO DO DIA 19 DE MARÇO NO JORNAL GUAYPACARÉ E ATUALIZADA PARA O BLOG.

Com mais de 1000 casos confirmados, Lorena já é considerada cidade com Epidemia de Dengue pela Secretaria Estadual de Saúde.

Por não se tratar apenas de um problema de saúde e sim de informação, conscientização, educação que envolve toda a sociedade, após uma reunião entre diversos profissionais de diversas secretarias municipais e imprensa, foi criada na secretaria de governo da prefeitura municipal de Lorena, uma comissão Permanente de Combate a Dengue, cujo objetivo principal é sensibilizar, conscientizar e mobilizar toda a sociedade lorenense no sentido de apoiar as ações da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde no que se refere à conscientização de modo geral.

Assim, foram estabelecidas ações em curto prazo e, como será uma comissão permanente, essas mesmas ações se estenderão durante todo o ano para tentarmos evitar uma epidemia futura.

O ponto de partida foi a passeata do dia 22 de março e, a partir dela, as ações consistirão em palestras e mobilizações como descritos a seguir:

1- INDÚSTRIA SEM DENGUE-Já enviamos a ACIAL um convite para que todas as indústrias da cidade sejam parceiras da nossa comissão de combate à dengue, o que representa uma ação imediata nas instalações das mesmas, além de palestras e ações com os funcionários, tornando-os agentes voluntários, inclusive com controle posterior do trabalho efetuado.

2-CORREIO CONTRA A DENGUE- Efetuar uma parceria entre a prefeitura e os correios, possibilitando a chegada de material especifico em todas as residências de Lorena.

3- EVENTOS – As passeatas de sensibilização e lazer de conscientização aos domingos no CSU.

4-AGENTE MIRIM CONTRA A DENGUE-O objetivo é transformar os alunos da rede pública em um verdadeiro exército contra o mosquito, hoje temos 20 agentes, podemos passar facilmente a uma média de 8.000 garotos e garotas em um trabalho paralelo, motivados pela secretaria de educação e orientados pela saúde, com projeto próprio e orientação aos pais.

5-COMÉRCIO CONTRA A DENGUE - Uma parceria muito importante, principalmente com os supermercados e comércio central: Será um intenso trabalho, com distribuição de panfletos, usando camisetas da campanha, enfim, vestindo essa idéia e passando para as mãos dos clientes a importância da conscientização deste combate.

6-IGREJAS CONTRA A DENGUE- Já encaminhamos pedido ao Nosso Bispo Dom Beni para o envolvimento das igrejas e paróquias da cidade no sentido de falarem no assunto nas missas, bem como às diversas igrejas evangélicas para que os pastores nos ajudem também.

7- ESTUDANTES CONTRA A DENGUE- Encaminhamos os pedidos para a Unisal, Fatea e Faenquil-USP para que os professores coloquem o assunto em pauta e também aos respectivos presidentes dos centros acadêmicos para divulgarem ao nosso imenso número de estudantes e os tornarem multiplicadores.

8-IMOBILIARIAS CONTRA A DENGUE- Uma reunião também será realizada com esses profissionais para que os agentes possam visitar casas fechadas para venda ou aluguel.

9-IMPRENSA CONTRA A DENGUE- Estamos pedindo espaços e apoio total para os nossos veículos de comunicação (como o Jornal Guaypacaré) de forma que toda a população entenda as dificuldades do momento e colabore para que possamos extinguir essa epidemia.

10-PREFEITURA CONTRA A DENGUE - Estamos envolvendo todos os funcionários no combate a dengue, inclusive os de empresas terceirizadas.

Agradecemos também ao apoio dos vereadores da Câmara Municipal de Lorena, aos grupos das redes sociais como os lorenenses na net do facebook, a mocidade de Lorena, a rede Lucy Montoro em Lorena, Comman e outros pelo apoio e sugestões.

Para quem quiser colaborar com sugestões, críticas e denúncias de criadouros do mosquito da Dengue nosso e mail é: comissaodenguelorena@hotmail.com

Com toda a sociedade unida e mobilizada com certeza venceremos esse mal!



quinta-feira, 3 de março de 2011

(99) “Adote uma praça”, “homenagem a Dona Dita da Ponte e Ir Raquel Retz” e “Retorno imediato dos dentistas aos postos de saúde”, são algumas proposituras apresentadas pelo Vereador Mafu e aprovadas na Câmara Municipal nesse início de ano.


Essa matéria foi publicada no jornal guaypacaré, edição de 26 de fevereiro de 2011. Vale a pena conferir.

Depois de mais de 100 casos confirmados de Dengue na cidade de Lorena e de diversas matérias nessa coluna reforçando meus pedidos de limpeza e mutirões, prevendo essa epidemia desde 2009, quando as armadilhas para o Aedes aegipty registraram a presença das larvas desse mosquito; resolvi falar de outras proposituras minhas, para que os leitores não pensem que só falo de lixões, dengue e buracos...
Vivemos em uma época que as parcerias público-privadas (PPPs) fazem uma grande diferença nas administrações públicas, quer sejam municipais, estaduais ou federais, como já publiquei nesse espaço, quando discorri sobre um requerimento apresentado na câmara, ainda em 2009, sobre a possibilidade de uma PPP viabilizar a construção de uma nova rodoviária em Lorena, às margens da Dutra, como é o sonho dos Lorenenses.
Na sessão do dia 21 de fevereiro, foi aprovado um projeto de minha autoria denominado “Adote uma praça”, que estabelece a adoção pela iniciativa privada das praças da cidade, cuidando da sua manutenção e dando o direito dessa empresa fazer sua propaganda, com minis out-doors (1 m²), pois hoje já temos essas propagandas pela cidade sem esse benefício para a administração e, conseqüentemente, para a população. Agora isso já será possível e evitará a grande poluição visual de muitas propagandas ao mesmo tempo, além de devolver a limpeza e beleza como a da nossa praça Arnolfo Azevedo, do Conde, Mário Covas no Bairro da Cruz (que tanto pedi por revitalização nesse espaço), entre outras. Para que essa iniciativa seja colocada em prática, agora só falta a aprovação do executivo municipal.
Também, conforme já anunciado nesse jornal e segundo o Secretário de Governo, engenheiro Célio Melilo, dentro em breve será iniciado a construção do Centro de Especialidades Odontológicas tipo I na Unidade de Saúde do Bairro da Cruz, conforme aprovação federal do projeto para a cidade, elaborado pelo coordenador de Saúde Bucal do município, Dr Eglaudio Mascarenhas e com a verba para construção de 70 mil reais enviada pela Deputada Rita Passos a meu pedido. Apresentei também na Câmara Municipal e foi aprovado por unanimidade de votos o nome da Srª Benedicta de Almeida Costa, a conhecidíssima Dona Dita da Ponte, para ser o nome desta nova unidade de saúde da cidade, um reconhecimento justíssimo para uma das personalidades que mais contribuíram, juntamente de toda a sua família, para o crescimento e desenvolvimento do Bairro da Cruz e adjacências. Dona Dita da Ponte foi chamada por Deus no dia 04 de outubro de 2008.
Foi aprovado por unanimidade de votos a moção de aplausos para a Ir Raquel de Godoy Retz por assumir a direção educacional do Instituto Santa Tereza, pela sua competência e dedicação ao ensino e por, em tão pouco tempo na nossa cidade (veio para Lorena em 2004), ter feito a diferença na nossa educação, fato sentido pelos nossos profissionais da área, quando da sua saída como secretária adjunta de educação, onde trabalhou por pouco tempo junto ao Pe. Pedro Cunha, sendo a saída de ambos uma perda incomensurável para a nossa educação municipal.
Finalmente, e com igual votação unânime, a moção de apelo que apresentei, pedindo ao nosso prefeito municipal o retorno, o mais rapidamente possível, dos nossos dentistas, conforme solicitado por dezenas de moradores, tanto para as Unidades de Saúde da Família dos bairros Jd Novo Horizonte, Pq. das Rodovias, Horto florestal e Santa Rita, Ponte Nova, Cabelinha, Olaria, Vila dos Comerciários, Santo Antonio quanto para as Unidades Básicas de Saúde da Cecap, Cidade Industrial e Vila Nunes, pois nessas unidades esses profissionais desenvolviam atividades de atenção básica em saúde bucal tais como: avaliação, escovação assistida e fluoretação das crianças matriculadas na nossa rede de ensino fundamental e procedimentos como extração, obituração, limpeza, prevenção do câncer de boca, entre outros, nas outras faixas etárias.
Por não termos dentistas nas escolas municipais, eram esses profissionais os responsáveis pela prevenção e avaliação da saúde bucal dos nossos alunos e, segundo informações, com a saída deles desde o ano passado, ficou apenas uma profissional para realizar esse trabalho com os nossos 10 mil alunos!
Estudos afirmam que para cada um real gasto em prevenção na saúde pública, economizamos de sete a dez reais com a recuperação e reabilitação, sendo assim, o gasto com a folha desses profissionais é mais que justificado, levando-se em conta o custo-benefício. O inverso também é verdadeiro, pois se não investimos na prevenção, a recuperação e reabilitação saem muito caro aos cofres públicos, como podemos constatar com o gasto que estamos tendo com a Dengue. A saúde começa pela boca e a administração pública tem de zelar pelo maior patrimônio de uma cidade que é a saúde de sua gente e das suas futuras gerações.

Foto1- mosquito da Dengue
foto 2- Praça Mário Covas
Foto 3- Vereador Mafu e Deputada Estadual Rita Passos (PV)

(98) CARNELEVARIUM - UMA VISÃO GLOBAL E OUTRA LOCAL

No sábado de carnaval do ano passado publiquei essa matéria, onde já alertava para a necessidade da criação de uma política especílica para o carnaval,  já prevendo as dificuldades da realização da festas nos anos seguintes. Assim aconteceu, esse ano não teremos carnaval em Lorena e, ao menos que criemos o conselho municipal de carnaval, projeto de lei de minha autoria, para organizar e discutir a regulamentação, financiamento e fiscalização das subvenções, o carnaval em Lorena correrá sério risco de acabar.

Acredita-se que as origens do carnaval tenham se dado ainda na pré-história, no período neolítico, quando o homem deixou de ser caçador e coletor (período paleolítico) para se tornar pastor e agricultor, fixando-se a terra, vivendo em clãs familiares, de forma sedentária, perto dos rios necessários a sua produção e subsistência. Estudiosos afirmam que já no Egito antigo, cerca de 4000 anos a.c, as pessoas comemoravam as boas colheitas, pintando o corpo, dançando, cantando em volta de fogueiras e usando máscaras em agradecimento a deusa Ísis e ao deus Ápis. Por volta de 605 a.c, os gregos comemoravam também as fartas colheitas, bebendo vinho em louvor ao deus Dionísio, ritual agregado pelos romanos que por volta do ano 180 a.c, também festejavam em louvor ao deus Saturno (deus da agricultura) e Baco (deus do vinho), com orgias e escândalos denominados Bacanais, sendo proibido pelo Senado Romano.
O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
Na renascença, o carnaval surge com outra roupagem com os bailes de máscara em Florença, Paris, Nice, Nápoles e o mais famosos de todos, Veneza.
Com o advento da promulgação pelo Papa Gregório XIII do calendário Gregoriano em 1582, estabeleceram-se as datas do carnaval, sempre antecedidos pelos quarentas dias da quaresma.
No Brasil, país onde ganhou sua maior expressão e popularidade, o carnaval foi introduzido pelos portugueses. O entrudo chegou ao Rio de Janeiro por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Personagens como colombina, pierrô, arlequim e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia. O bumbo do Zé Pereira (português de nascimento) embalava a multidão e é o primeiro instrumento de percussão que influenciou a formação das baterias atuais. Nosso carnaval atual teve influencia de diversos movimentos tais como: A capoeira, o entrudo, os ranchos, os cordões, os blocos de sujo e o corso (desfiles de carros do início do século XX). No final do século XIX e início do século XX, as rodas de samba eram coisas de “vagabundos”, pois eram formadas, principalmente, por negros recém libertados e ainda era uma mistura de chachado, maxixe e polca. Em 1928, Ismael Silva, sambista negro reunido com alguns integrantes dos blocos de sujos existentes no bairro do Estácio, em frente a uma “Escola Normal”, foram abordados pela polícia. Quando os policiais chegaram e foram batendo ele disse: “ DEIXA FALAR, nós também somos uma escola, somos uma ESCOLA DE SAMBA”. Nascia ali as Escolas de Samba e a DEIXA FALAR foi a primeira escola de samba do Brasil (atual Estácio de Sá) no dia 12 de agosto de 1928, desfilando no ano seguinte na praça onze, originando assim o atual desfile das Escolas de Samba, que do Rio se espalhou para o Brasil e hoje é considerado o maior espetáculo da terra e a maior expressão cultural popular do planeta.
Em Lorena, nosso carnaval é muito antigo também e já teve épocas de ouro, sendo considerado, juntamente com Guaratinguetá, o melhor carnaval do Vale do Paraíba. Agremiações antigas como Velha Guarda, Embaixada do sossego, Os lenhadores, entre outros, embalaram os foliões dos idos anos 30 e 40. Agremiações mais recentes como o bloco das Bruxas, Caciques da Vila Hepacaré, Batuqueiros da 21, Flor da Avenida do Bairro da Cruz e escolas como Azulão, Boêmios do MAC e Zebrão, deixaram saudades. Lembro-me da minha primeira matinê no Arcadas (mais conhecido como boliche), clube que existia em frente a Fatea, dos bailes no comercial, hepacaré e o popular no mercadão. Temos a segunda escola de samba mais antiga do Vale do Paraíba, A Estrela D’alva do bairro da Olaria, que completou 60 anos em outubro passado. A Unidos de Nova Lorena e Acadêmicos do São Roque estão entre as mais velhas e tradicionais da Cidade que, juntamente com Portela, Gavião imperial e União São João compõem as Escola do 1º grupo da cidade que ainda tem mais 4 no segundo grupo, além de blocos de enredo e de embalos. Crítica à parte, a verba do carnaval vem do que chamamos verbas carimbadas e não pode ser usada para outros fins. Existe uma mobilização de carnavalescos, políticos e prefeitura para se construir uma política para as festas de momo na cidade. Acredito ser importante um trabalho durante o ano inteiro, para que as agremiações não fiquem tão dependentes da verba e que tenham um espaço para as promoções, porque o carnaval é a maior festa popular também na nossa cidade e, como diz o sambista: “O samba não pode parar”. Bom carnaval a todos nós!

(Fotos:Valéria Fortes) Carnaval 2010 Lorena-Bloco Encantados do BC e do Concurso Destaques em Destaque.