quinta-feira, 19 de março de 2009

(42) NÃO PROVOQUE, É COR DE ROSA CHOQUE. ADEUS AO POLÊMICO CLODOVIL


Foto acima- Clodovil no plenário do congresso.
Foto abaixo-Clodovil no programa TV Mulher nos anos 80.
Filho adotivo de imigrantes espanhóis (Domingo Hernández e Isabel Sánchez), Clodovil Hernandes nasceu em Elisiário no dia 17 de junho de 1937, nunca conheceu seus verdadeiros pais. Foi educado em colégio interno por padres católicos.
Aos 16 anos iniciou sua carreira de estilista, sendo consagrado em 1960 com o prêmio agulha de ouro.
Foi convidado para trabalhar na TV, na TV mulher da rede globo nos anos 80, desenhava figurinos ao vivo, atendendo as cartas dos telespectadores. Marta Suplicy era sua companheira de programa e falava sobre sexologia com o público.
“Não provoque, é cor de rosa choque”, era a música de abertura do programa cantada na voz de Rita Lee.
Ali começaram as polêmicas... Muitas polêmicas as quais sempre marcaram a vida do estilista apresentador.
Trabalhou em diversas emissoras, sempre polemizando e se vendo em meio a processos criminais.

Em 2004, já na Rede TV, Clodovil tornou-se o alvo dos humoristas do Pânico no quadro sandálias da humildade. Esquivou-se de duas investidas dos repórteres do Pânico. Na terceira tentativa, foi perseguido por dois carros, um helicóptero e um trio elétrico e foi fechado na marginal pinheiros, mas escapou.
No dia seguinte à apresentação de todo o incidente no Pânico, Clodovil fez um desabafo ao vivo em seu próprio programa, A Casa é Sua, que apresentava desde 2003, abandonando o programa no ar, ao vivo, sendo demitido dois dias depois.
Foi o primeiro gay assumido a se eleger deputado federal em 2006 pelo partido trabalhista cristão (PTC), sendo o 3º mais votado do país com 493.951 votos.
Era contra a Parada do Orgulho GLBT, o casamento gay e o movimento homossexual brasileiro e só se admitiu gay aos 60 anos como afirmou na revista isto é.
Quase perdeu seu mandato em 2007 por infidelidade partidária, quando decidiu mudar de partido e se afiliar no PR (Partido da República), mas na semana passada, dia 12 de março, ganhou por unanimidade no TSE, pois Clodovil alegou ser abandonado pela legenda, sem receber material de campanha, entre outras coisas.
Em julho de 2008, apresentou proposta de emenda constitucional pretendendo reduzir o número de deputados de 513 para 250, causando grande alvoroço no congresso.
Morreu ontem, após ser registrada sua morte cerebral causada por um acidente vascular cerebral (AVC). Sua assessora afirma que ele viveu uma semana cheia de emoção por conta da votação do TSE.
Não tinha familiares e apenas pouquíssimos amigos. Entre polêmicas, amarguras, contradições, altos e baixos, chegando mesmo a dever em padarias em Ubatuba, cidade que amava, Clodovil construiu uma história de vida marcada pelo amor e ódio.
Na minha opinião, o fato de se assumir gay aos 60 anos e não apoiar o movimento gay e mesmo passando muitas vezes uma imagem amarga nos programas e na política, chegando a deixar um programa no ar ao vivo demonstram que,Clodovil, era uma pessoa de opinião contundente.
Se certo ou errado, para ele não fazia diferença, pois ele era ele e o resto...

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/
Falei... Tchau Pardal... Fui!

3 comentários:

Valeria Fortes disse...

A questão é que Clodovil deixou registrado sua passagem por essa vida, seja como for e quem ele era. Não nos cabe julgar.

Anônimo disse...

Ele foi um grande comunicador. Deixou sua marca, apesar das polêmicas. Se mais pessoas tivessem a coragem dele de colocar o dedo na ferida, quem sabe o nosso país fosse um pouco diferente.
Vereador, estamos aí. Abraços!

Anônimo disse...

Polêmico ou não, acho que no Brasil, bam como em Lorena, estão faltando pessoas como ele, autênticas. Foi uma grande perda para o país, e adorei o título e a cor do blog, vc como sempre tem umas tiragens perfeitas.
Parabéns vereador!
Faz outra matéria como Superação, Antes tarde do que mais tarde, a diferença que faz a diferença, vc nos ajuda muito, e seu livro, Balaio de gatos já está sendo comentado e esperado.