quarta-feira, 25 de março de 2009

(44) DE UM RIO MAR A UM MAR DE GENTE, 25 DE MARÇO É COMÉRCIO QUENTE!

OLÁ PESSOAL, HOJE VOU FALAR DA HISTÓRIA DA RUA 25 DE MARÇO EM SÃO PAULO, PARA TODOS QUE FORAM, VÃO E AINDA IRÃO, ACHEI BEM CURIOSO, CITO A FONTE NO RODAPÉ PARA QUEM QUISER SABER MAIS. BOA LEITURA

No início, a Rua 25 de março era o imenso Rio Tamanduateí, totalmente navegável, corria no atual traçado da via, recebendo as águas do rio Anhangabaú e desaguando no Tietê.Até o fim do século, havia alí um porto que servia de escoadouro para as mercadorias importadas, que chegavam de navio em Santos, subiam a serra de carroça e, posteriormente, pela estrada de ferro Santos-Jundiaí e alcançavam o Ipiranga.De lá, eram levadas via Tamanduateí até um porto para barcas, o chamado Porto Geral - daí o nome da conhecida ladeira.Se é dificil imaginar a região dessa forma, saiba que um dos primeiros nomes do trecho que margeava o rio foi Rua das Sete Voltas (depois de Rua da Várzea do Clicério), numa referência direta à estrutura natural do Tamanduateí, com suas curvas afuniladas e estreitas, que pareciam serpentear a região.
A primeira volta coincidia com a atual Rua do Glicério; a segunda e terceira ficavam na altura do hoje pontilhão da Rangel Pestana; enquanto a quarta, a quinta e a sexta localizavam-se onde fica o Parque D. Pedro II.
A útima terminava na Ladeira Geral, lugar em que funcionava o Porto Geral, de desembarque das mercadorias.
No fim do século XIX, o rio foi retificado; a área da Várzea do Carmo foi drenada e surgiram as primeiras chácaras na região.
A via, então, foi chamada de Rua de Baixo, dividindo a cidade em duas partes: a Alta e a Baixa. Nesse período, o comércio, comandado pelos primeiros imigrantes árabes, concentrava-se na parte de cima, mais precisamente onde hoje está a Rua Florêncio de Abreu.
Com a urbanização pós-drenagem, os aluguéis começaram a subir e quem pisava lá pela primeira vez se instalava na parte baixa, onde os preços eram mais acessíveis.Chegaram os bondes e o trecho principal foi rebatizado, em 1865, como 25 de março, homenagem à data da promulgação da primeira Constituição Brasileira, ocorrida em 1824.
No final do séculoXIX, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigrantes europeus.
Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900!).
Nesse período, a área urbana se expandiu , surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás.
A imigração libanesa, é marcada por muitas histórias de encontros, desencontros, sofrimentos e alegrias como as de Nassib, Zakie e suas famílias.
Como eles, gerações e gerações posteriores de libaneses vieram ao Brasil em busca de uma terra pródiga, um lugar para fazer o dinheiro que permitiria que voltassem ao Líbano com condições de sustentar uma vida mais confortável e segura. Mas poucos deles voltaram.
A Rua 25 de Março foi assim chamada por volta de 1865.
No fim de 1893, contam os livros, já existiam seis lojas no local: cinco armarinhos e uma mercearia. Oito anos depois, em 1901, já eram mais de 500 pequenas lojas.
Em 1959 a paulistana Angelina Gianotti filha de imigrantes italianos, fundou no edifício que fica de frente para a rua 25 de Março a loja A Gaivota. A moda da época era a boneca Dorminhoca, uma espécie de Susi usada para enfeitar as camas das meninas. Com o ápice no setor de artesanatos nas décadas de 70 e 80, outras lojas apareceram, culminando com a venda para o comércio dos apartamentos residenciais do edifício mais conhecido hoje como Galeria Comercial da 25 de Março.
Somente em 1978 o prédio se tornou comercial. Empresas como Maritel, B&B e Lionela começaram seus negócios comprando artigos na loja A Gaivota.
Só hoje a região da rua 25 de março mais se parece com um mar de gente que invade o trecho margeado por prédios e mais prédios, mal sabem seus cerca de 400 mil frequentadores diários que, até pouco antes de 1850, a mais famosa rua comercial do País era, literalmente, um rio.
A verdade é que os sírios e libaneses deixaram seu legado e, ainda hoje, já com segundas e terceiras gerações assumindo os negócios, continuam líderes na região.
Nos anos 80, porém, ganharam a companhia de outras etnias, com a chegada de gregos, portugueses e, principalmente, coreanos e chineses.
A tradição do "Mais Barato", tornou a região conhecida pelo comércio popular, com seus preços muito acessíveis. Mas poucas pessoas conhecem o início desta prática, por meio da qual as empresas adotam valores até abaixo das oferecidos por muitas indústrias.
Tudo porque, na década de 60, os comerciantes sofriam com as fortes enchentes e, como não estavam preparados, acabavam perdendo muitas mercadorias.
Claro que precisavam reforçar o orçamento para recomeçar e foi aí que uma necessidade acabou se tornando a grande "sacada" daquela turma.
Naquela época, tudo o que sobrava era vendido a preços imbatíveis, pra lá de atrativos. Obviamente as lojas lotavam; estoques inteiros eram vendidos e, daí, fez-se a fama e criou-se uma tradição: os lojistas começaram a buscar mercadorias mais baratas e as venderem sempre à vista, estabelecendo valores muito sedutores.Por isso também é que se formou a vocação atacadista da região.
O comércio varejista surgiu meio que por obrigação, diante da concorrência, dos vendedores de rua. No início da história, eles compravam as peças no atacado nas próprias lojas da rua 25 de março, e revendiam-nos, peça por peça, para quem se interessasse.
Foi então que as lojas sentiram a necessidade de investir nesse segmento também.
Em consequência, hoje são poucos as empresas que mantém a exclusividade de comercializar apenas em grandes quantidades.
Nos demais, a prática atacadista convive ao lado do varejo - sempre com preços mais atrativos para quem comprar em larga escala, é claro!
Eu, particularmente, amo a 25 e sempre dou um truque no look com coisinhas de lá e fico chique!
Hoje o que era um rio mar virou um rio de gente, pois as pechinchas são certas e a galeria pajé (prédio foto ao lado) é um verdadeiro paraíso.
Neste dia 25 de março, fique sabendo da verdadeira história desse verdadeiro shopping a céu aberto, o verdadeiro paríso das compras de Sampa.
Beijão a todos e até mais
Tchau... Pardal... Fui!!!
Fonte: http://www.vitrine25demarco.com.br/a25_historia3.php

3 comentários:

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Maria Luzia disse...

Mafu também é cultura, show esta matéria, gostei muito e nunca imaginei que lá era um rio.
Beijão e boa semana.

simone disse...

eu blog está muito show, adorei essa matéria da 25,assim como você, adoro as pechinchas de lá, as outras matérias também estão show, mas não dá tempo para colocar comentários em todas, mas lei sim, adorei a matéria do Miss Lorena, esse ano não fui, mas lendo o que você escreveu foi quase a mesma coisa.
Boa semana.