Artigo publicado na coluna do Vereador Mafu no jornal guaypacaré (edição 14 de abril de 2012)
"O caminho dos paradoxos é o caminho da verdade".
Oscar Wilde
Todos nós sabemos as dificuldades que permeiam as administrações públicas das cidades na atualidade brasileira. A gestão da coisa pública está cada dia mais complexa, os gastos estão com percentuais mais definidos e pontuados pelos agentes de controle como os tribunais de contas, conselhos, legislativo e o cidadão comum que hoje, acessando um botão na internet, consegue visualizar as contas da cidade nos portais, ou seja, a política exige, a cada novo mandato, mais competência e profissionalismo dos políticos, sob a pena de serem excluídos da vida pública.
Se por um lado as exigências e fiscalizações aumentaram, seria de se imaginar que a consciência popular acerca das questões eleitorais e partidárias também tivesse amadurecido.

Se por um lado as regras para os políticos enrijeceram e, comemoramos a lei da ficha limpa como iniciativa popular, por outro lado percebemos uma esmagadora maioria, com percepção aquém e entendendo a política como assistencialista e de favorecimento pessoal.
Esse fenômeno atual, para alguns cientistas políticos e estudiosos do assunto, tem sua raiz na nossa frágil sustentabilidade democrática: Somos o único país das Américas que tivemos uma monarquia (semi absolutista) e uma República instável com golpes seqüenciais, com quase 2 dezenas de dissoluções e fechamento de casas legislativas, desarmonizando os 3 poderes, sendo esses anos pós redemocratização o mais estável da nossa história (1985-2012).

Resta apenas trabalhar e esperar que a nossa sociedade, nossas leis e nossos próximos gestores consigam entrar no passo deste compasso confuso e entendível do nosso processo de amadurecimento de uma nação democrática, onde a competência e profissionalismo se sobreponham ao clientelismo e que todas as pessoas se conscientizem da importância e valor impagável do seu voto!
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