domingo, 24 de outubro de 2010

(86) O INSTITUNO DE SOBREVIVÊNCIA NO CONTEXTO SOCIAL ATUAL

Desde que Florencio Ávalos, o primeiro mineiro resgatado no Chile, chegou a superfície as 00:10 min, do dia 13 de outubro, o mundo viu reacender a chama da esperança e a repensar em alguns valores importantes para o ser humano, entre eles, a razão de viver.

O mais primitivo dos nossos instintos-o da sobrevivência, colocou a prova de que fomos e somos capazes de viver em situações extremas, pois depois de 70 dias a aproximadamente 700 metros da superfície, sob um calor e umidade perfeitos para a proliferação bacteriana, sem banho, com pouca comida e água, só mesmo com muita fé para conseguir se salvar.

Já escrevi aqui uma matéria intitulada “Eu acredito em milagres”, pois todos nós já vimos muitas coisas acontecerem, desde desenganados pela medicina se curarem até o nascer do sol como um presente divino a cada novo dia, mas na maioria das vezes, banalizamos tudo isso e encontramos teorias para explicar o que muitas vezes não tem explicação; porém, em quase todos esses episódios, a fé estava lá, presente no momento extremo, como vimos no resgate dos mineiros. Parece que a vida sempre tenta nos mostrar o quão sublime e singela ela é e nós não damos muita conta disso. Na superfície, também nos deparamos com pessoas que lutam a cada dia não para viver plenamente, mas para sobreviverem dia a dia.


Falam em aumentar as creches e na educação integral, com alimentação, atividades esportivas, e por ai vão uma série de engenhosas soluções para a educação, pilar mais importante para a estruturação social e de desenvolvimento de qualquer país, mas o discurso não vai de encontro a uma prática real, ainda.
E são essas prioridades políticas que não vemos serem discutidas esmiuçadamente  nos debates eleitorais, questões prioritárias e que, certamente, causarão um grande milagre nacional em poucos anos. Mais uma vez, a vida por um triz nos faz repensar valores, porém, se a vida é simples, seu valor é incomensurável e o maior presente é a oportunidade das nossas crianças terem um futuro mais brilhante e viver; e não apenas lutarem com o instinto de sobrevivência, o mais primitivo e um dos mais presentes instintos animais na nossa atual sociedade.


2 comentários:

Vanessa Aquino disse...
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Vanessa Aquino disse...

Li essa matéria no jornal Guaypacaré e fiquei refletindo muito essas questões. Na sua opinião, como deveria ser a Educação em Lorena? Sabemos que muita coisa pode ser feita e que existe dinheiro do fundef para isso e, te conhecendo desde os tempos do Climério galvão e Padre Leoncio, tenho orgulho em dizer que estudei com vc e que hoje vc é mestre pela USP. Acho que vc, Mafu pode contribuir mais para o fortalecimento da cidade além do que já está fazendo...Sei que não é prefeito, ainda, mas se quiser, consegue convecê-lo a começar administrar essa cidade e vc sabe disso, mas como a política não depende de apenas uma pessoa, sua parte vc está fazendo bem. Lembre-se, estamos de oljo em tudo.