Acho que este foi o recesso que mais trabalhei e, ainda bem que está sendo assim;

O carnaval está chegando, festas de rainhas, ensaios e tudo mais. Tenho pedido sempre para falarem dos 10 minutos contra a Dengue; até a arte do cartaz do carnaval vem com este tema, pois a dengue não pode acabar com a nossa festa.
Na entrevista na rádio clube de Guaratinguetá, onde entre outros assuntos eu e nosso amigo Beto Cabeleireiro falmos sobre as políticas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), explicamos muitas coisas e as diferenças entre o estilo de vida de cada um deles. Comentei que o maior preconceito recai sobre as travestis, pois eu mesmo nunca as vi trabalhando em lojas, em empresas, etc...É o grupo mais discriminado e excluídos socialmente. Esta fala teve uma repercussão imediata.
Fui procurado por 2 travvestis que querem sair das ruas e da vida de programa. Conversando, percebi o grande talento de ambas: São cabeleireiras também e me disseram que mesmo em salões de beleza não conseguem emprego. Questionei sobre o porquê que elas não montavam o seu próprio salão, foi quando percebi que se entreolharam e veio o sussurro: "É mesmo". Nunca perceberam que poderiam ser empreendedoras e tocar o seu próprio negócio. Logo em seguida veio a fala delas: "Será que as pessoas vão se arrumar com 2 travecas?" Falei que se elas próprias tem preconceito e se discrinam, como querem ganhar o respeito e admiração da sociedade? Nesse momento percebi olhos marejados e discretas lágrimas escorrendo nas faces. Deram-me um abraço, me agradeceram e perguntaram: "Você frequentariam o nosso salão?" Respondi brincando que desde que deixassem a minha franja bem lisinha e repicassem as pontas, eu iria com certeza... Muitos risos, sairam convictas que poderiam ter outra vida e, certamente, a pessoa mais feliz naquele dia fui eu.
E os trabalhos continuam intensos, agora vamos lutar por mais segurança e para a efetivação da operação delegada em Lorena, aguardem!!!
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