quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

(76)"A POLÍTICA QUE TEMOS É A POLÍTICA QUE QUEREMOS?"Em busca da conscientização da necessidade de uma verdadeira política ascendente.



( Essa matéria saiu no jornal guaypacaré no dia 25/12. Boa reflexão para vocês.)


“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ELEITOS ou DIRETAMENTE, nos termos desta constituição". (Cita Art.1°, parágrafo único da Constituição Federal da República Federativa do Brasil).

Para quase tudo nesta vida é preciso ter um tempo para aprender e assimilar. O próprio processo da vida é assim...Nascemos e começamos o nosso aprendizado; comer, andar, falar... Crescemos, estudamos e sempre continuaremos aprendendo... Até na hora da morte!

Com a política também é assim. Escolhemos um partido, planejamos uma campanha, vamos para as ruas e, se nos elegermos, então...

Profissionalmente, enquanto somos acadêmicos, nos ensinam os segredos da profissão escolhida; no geral, todas as faculdades e cursos técnicos exigem estágios profissionalizantes, onde colocamos em prática as teorias aprendidas e somos contemplados com um canudo no final dessa jornada que diz que estamos aptos a exercer a referida profissão.

Após nos elegermos, também somos diplomados e temos o direito e dever de representarmos a população numa casa de leis, fazendo leis, cumprindo leis, fiscalizando o executivo, entre tantas outras funções...

Politicamente, qual é a teoria ensinada? Qual é a prática esperada?

Neste primeiro ano de mandato me questiono: Qual é a política que temos? Qual é a política que queremos? Onde queremos ou precisamos chegar?

Preocupei-me em aprender e entender o Regimento Interno da Câmara Municipal, a Lei Orgânica do Município. Li alguns livros e manuais sobre Gestão Pública, Parceria Público Privada, Vereança, Tributação, Repasses de recursos federais e estaduais, entre outros.

Fiz alguns cursos sobre a função dos agentes públicos na Assembléia Legislativa e vários outros de Administração Pública, Gestão Ambiental e de Políticas de Secretarias especificas como o da Pessoa com deficiência, Assistência e desenvolvimento social, Educação, Esporte, Cultura, Empregabilidade e desenvolvimento sustentável, além do meu curso de políticas públicas de saúde que é minha área de atuação profissional.

Sempre estou reunido com as organizações (instituições, entidades, associações de bairro, igrejas, ligas, oscip, conselhos, etc) e participo de grupos de discussões na web, como a Mocidade de Lorena, que muito tem acrescentado no meu trabalho e na administração municipal, fato comprovado no relatório sobre urbanização e trânsito da cidade que pode vir a ser útil para as respectivas secretarias. Como não existe e nem se exige qualificação para ser um político no cenário do nosso país, procurei sistematizar um roteiro do que, sob a minha ótica, de outras pessoas e de algumas literaturas do gênero, são pontos relevantes para um bom trabalho de um representante do povo e, justamente, por representar uma coletividade, acredito que o meu trabalho, bom ou ruim, não é apenas meu, pois procuro através das minhas proposituras, retratar o anseio dos cidadãos, ouvindo, consultando e questionando.

Agradeço toda nossa gente que contribui comigo, me motivando com sugestões, críticas e reivindicações que recebo diariamente no meu site, blog, e-mails, telefones, nas ruas, enfim, em todos os lugares por onde passo, pois foram essenciais e fundamentais para a minha legislatura neste ano de 2009, ainda que para alguns não tenha contribuído muito, mas dei o melhor de mim e fiz o melhor que sabia.

A tendência da construção de uma política ascendente já é assegurada por lei, como as audiências públicas de assuntos relevantes, plebiscito, entre outras possibilidades. É através do controle social e participação popular que construímos a municipalização da saúde, da educação, do desenvolvimento social cujos planos municipais, com suas qualidades e defeitos, norteiam as políticas nacionais, respeitando a regionalização e a cultura de cada parte desse país. Talvez, os 20 anos de ditadura militar que nos calou, tenha nos legado a tímida participação, emitida pelo inconsciente coletivo, de que as decisões são diretivas e descendentes, vindas de cima tendo de ser obedecidas sem serem questionadas aqui embaixo. Aprendi e quero continuar aprendendo a construir uma política democrática, com as pessoas e para as pessoas e, peço a todos vocês que, em 2010, continuem me auxiliando a trilhar a política que fala da expectativa geral, o que nada mais é do que a expectativa de cada um de nós. Participem ativamente das decisões sobre o destino do nosso município, pois a obrigação é de todos, políticos ou não, visto que, o poder do voto é a vontade do povo, mas também sela a co-responsabilidade entre o eleito e o eleitor.

Afinal, para que serviria a política se não fosse para servir a todas as pessoas?



2 comentários:

Cintia Alessandra disse...

Mafu, n~çao votei em você e você sabe disso, mas depois de tudo que você vem colocando no jornal ( e eu não perdi nenhum sábado), só posso te dizer uma coisa meu querido. Se arrependimento matasse, mas com certeza, você está dando aula e show de política e tem muita gente mais velha aprendendo agora o que é ser cidadão e o que é política de verdade, a efetiva que move a vida das pessoas. Parabéns!

César Maximiano disse...

Eu também penso assim e achei você muito corajoso quando li essa matéria na noite de natal. Realmente ainda não temos cultura política, a grande massa, ainda muito ignorante, troca seu voto por cesta básica, agu e luz ou um sub emprego. Mas aos poucos isso está mudando e tenho esperanças que na próxima eleição as pessoas estejam mais conscientes. Parabéns novamente Mafu.