segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

(90)ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS-UM OLHAR PARA AS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS. Matéria publicada na coluna do Vereador Valdemir Vieira- Mafu na edição do dia 28 de novembro de 2010

Com a temática “UM OLHAR PARA AS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS”, aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo, o II Encontro Interdisciplinar em Álcool e outras Drogas promovido pelo GEAD-USP (Grupo de Estudos em Álcool e outras Drogas) da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. O Enfermeiro e Vereador Mafu é membro do grupo de pesquisa desde seu início em 2006 e participa efetivamente da Comissão Organizadora do Evento desde o I Encontro no ano passado.
O II Encontro teve diversos cursos, entre eles, Entrevista Motivacional e Abordagem Familiar (pois a família adoece junto com o usuário/dependente), voltados para mais de 200 trabalhadores da área da saúde como médicos clínicos e psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, pesquisadores e estudantes, entre outros.
Com relação às populações vulneráveis, foram abordados os aspectos da mulher usuária de álcool e outras drogas, principalmente a gestante, e o tratamento da “Síndrome da Dependência do Recém-Nascido”, que é cada dia mais comum nas UTIs Neonatais de todo o país, da criança e adolescente em situação de risco e também da população de rua (também comum em todas as cidades brasileiras).
Ainda foram discutidos os aspectos da efetivação da Política do Ministério da Saúde para o atendimento com qualidade dos usuários e dependentes de álcool e outras drogas no SUS (Sistema Único de Saúde), como as expansões do CAPSad (Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas), dos leitos em hospital geral para pacientes com transtornos psiquiátricos e de substâncias psicoativas e, principalmente, do acolhimento e tratamento a esses pacientes na atenção básica como a ESFs (Estratégias de Saúde da Família) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que são as primeiras portas de entrada no SUS e onde moram esses pacientes. Para que esse trabalho entre na rotina profissional dessas unidades, o grande desafio é a capacitação profissional desses trabalhadores com condições de trabalho adequadas e serviços de retaguarda especializada, para que se consiga a resolutividade ou a redução dos danos a esses pacientes.
Esse e outros aspectos também foram discutidos e abordados quando da I Conferência e posse do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), realizado no mês passado no Auditório São Joaquim, um grande e valioso passo dado na nossa cidade para se trabalhar essa grande e silenciosa epidemia mundial, que assola nossa sociedade contemporânea e para a qual não podemos fechar os olhos, sejamos cidadãos comuns, políticos ou profissionais, sob pena de pagarmos (e já estamos pagando) um alto preço por isso.
O nosso Vereador Mafu já tem pedido desde o ano passado um CAPSad para a cidade e está trabalhando juntamente com outros profissionais, no sentido da inclusão do primeiro atendimento na atenção básica do município, como a colocação de alguns dados para levantamento epidemiológico na planilha do SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) da Estratégia de Saúde da Família, como preconiza o ministério da Saúde, assim que normalizarem os trabalhos dos Agentes Comunitários de Saúde, cujo processo seletivo se realizou recentemente, além das Intervenções Breves, que são procedimentos que podem ser realizados por quaisquer profissionais da equipe (após treinamento) e a Redução de danos do uso. Esse é o primeiro passo para um diagnóstico correto da situação e acolhimento dessa clientela. Conhecendo o tamanho do inimigo, poderão ser estabelecidas essas e outras políticas de saúde aos nossos lorenenses, que, infelizmente, estão adoecendo e morrendo pela doença causada pelo uso e dependência de álcool e outras drogas. Já com relação a nossa população de rua, esse é outro assunto para outra edição devido a sua dimensão e complexidade.

Um comentário:

Márcio Ferraz disse...

Tá uma vergonha mesmo o numero cada vez maior de mendigos na cidade e ninguém faz nada. Também pudera, eles não tem título de eleitor! Parabéns pelo seu mestrado, meu primo que estudou com você fala que vindo de você não surpreende, sua capacidade é clara, você reparou na sequência de matéria sobre a Dengue, desde antes dela surgir na cidade? Comentamos em casa que você está sendo desperdiçado nessa cidadizinha sem sorte! Parabéns! Marcinho