segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A DIFERENÇA QUE FAZ A DIFERENÇA.

Não poderia deixar de registrar aqui a fantástica corrida de fórmula 1 de ontem.
Realmente senti a tristeza por Felipe Massa não ter levado o título, por outro lado o inglês Lewis Hamilton bem que mereceu o tão disputado prêmio. Na última curva, nos últimos 600 metros e por apenas 1 ponto de diferença, realmente foi fabuloso!!!
Fiquei pensando nisso e nos reflexos que as pequenas diferenças fazem na vida da gente.
Nos esportes fica fácil a gente perceber, um exemplo disso são as corridas de 100 metros nas olimpíadas que,na maioria das vezes, precisam da ajuda tecnológica para dar o resultado correto. Nas corridas de cavalos, muitas vezes, a diferença é menos que uma narizada, aliás, o nariz me remete ao desfecho das eleições municipais carioca, onde Gabeira disse que a diferença ia ser por um nariz, pena que não foi para ele e a diferença foi pequeníssima mesmo.
E na vida é assim. Nos processos seletivos das empresas, levam-se em conta as posturas dos candidatos, a camisa muita bem passada, a barba mais bem feita, esses pequenos detalhes fazem a diferença entre entrar ou não no emprego.
No dia a dia também fazemos diferenças que nem percebemos; o simples fato de você dar um bom dia com um sorriso pra alguém já altera a energia do seu dia e dela também. As pequenas e mágicas frases como: com licença, por favor, desculpa, muito obrigado, já diziam que são palavras de valor de um povo educado. E como é bom estar ao lado de uma pessoa educada e cordial, até os gatos e cachorros gostam, imagine quem permanece ao seu lado então! Quanta diferença!
As atitudes frentes as situações também mudam e sempre dependem do paradigma, do ângulo de visão. Por exemplo, para duas pessoas que acabaram de descobrir que são diabéticos, um pode reagir com uma enorme revolta com a vida, a outra pode pensar, que bom que existe a insulina e etc, e nem preciso responder quem vai se sair melhor com o tratamento.
As diferenças que fazem as diferenças têm uma estreita relação com as nossas escolhas. Às vezes precisamos escolher entre o que gostamos em detrimento do que nos faz bem, então somos remetidos às lembranças e nem sempre estamos dispostos a abrir mão dos prazeres anteriores, então vivemos na mesmice mesmo.
Mudar às vezes dói, e dói muito, principalmente quando envolve crescimento pessoal e amadurecimento afetivo, mas a diferença que faz a diferença está justamente ai; a maioria das pessoas permanecem na sua zona de conforto e daí não causam mudanças e nem diferenças.
A diferença que faz a diferença, normalmente começa com a clareza de um objetivo a alcançar e, por mais impossível que pareça ser atingi-lo, a diferença está justamente ai, na certeza que já o alcançou, ou seja, a confiança é fundamental. A pessoa que tem essa confiança certamente faz toda a diferença!
E o melhor de tudo é saber que essa confiança pode estar presente em todas as interfaces da vida: profissional, social, afetiva e principalmente espiritual, mesmo porque, estar confiante de fato é apenas uma questão de espírito.
Enfim, amigos, vamos acreditar sempre, porque as derrotas temporárias de quem acredita que faz a diferença só aparecem para fortalecê-las.
...E amanhã, quando o mundo te disser não, lembre-se, faça a diferença que faz a diferença, acredite, sorria e tente de novo.
Seja diferente amanhã...

8 comentários:

N/k disse...

Como ser eclético que vc é, lógico que não poderia deixar de comentar sobre tudo e todos. Mas análise pseudopsicológica e autoajuda, ao mesmo tempo, não dá! É algum livro que vc está lendo?!?!...
Mas lembre-se: adoro vc e desejo muito sucesso em seus novos vôos (Fernão Capelo). bjs

Unknown disse...

Oi Mafu, adorei o seu texto, realmente a vida nos diz não muitas vezes e temos que acreditar que na próxima vez seremos mais felizes.
Lembra-se que eu estava grávida? Pois bem... perdi o bebê na semana que era para ele nascer, mas tenho a certeza de que vou conseguir ter outro muito em breve... é preciso ACREDITAR... e isso é importante.
Grande abraço, te adoro.

Andréa

Ro disse...

Mafu, quanto mais te conheço mais te admiro! Adorei o texto, me fez refletir...parar de reclamar, tomar atitude e fazer minha diferença!! Bjus com muiiito carinho Ro

Anônimo disse...

Realmente há de se destacar no "verbo", que a raça negra está chegando a lugares de destaque na nobreza mundial, haja visto que o top esportivo automotivo do mundo a Fórmula-1, com Hamilton Campeão, notamos talento e inteligência suficiente em provar que um "Raio" verdadeiramente não cai no mesmo lugar duas vezes, pois no ano passado a diferença de pontos era exatamente a mesma e acabamos por conhecermos um Finlandês Campeão Mundial de 2007. Mas como 2008 é realmente o ano da igualdade, estamos a pouco de sabermos oficialmente que Barack Obama, quase que por unânimidade, e graças a Deus por quase, pois como dizia o Valdemir Vieira e todos mais, que toda unânimidade é burra, e por isso ele está prestes a assumir a maior nação do mundo em tirania e poder, assim rotulada. Realmente a raça é humana, e não negra e branca, como todos aqui em nossa megalópolis tupiniquim pensamos ser.
Obrigado por esse espaço e espero ter conseguido ter levado um pouco de mim a você leitor desse renomado blog.
Grato sempre...
Phillippini

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Estella Machado disse...

oi mafu, obrigada pelo convite de visitar seu blog, adorei! adorei sua reflexão também e sempre que der estarei passando por aqui... quanto à "diferença", antes que eu me esqueça, gostaria de te parabenizar pela conquista na política e espero que meu voto e os de todos na minha familia tenham feito a "diferença" nessa sua realização, da qual esperamos que nasçam muitos frutos! felicidades... boa semana e até mais!!

Cláudio Roberto disse...

BOA NOITE. ESTOU MARAVILHADO COM SUAS PALAVRAS. FICO COM ORGULHO DE PODER TE COMO AMIGO DE ALTO NIVEL(NÃO ME REFIRO AO PODER ECONOMICO),MAS PELA PESSOA EXTRAODINARIA QUE VCÉ. POR NOS MOSTRAR O QUANTO A DIFERENÇA, REALMENTE FAZ A DIFERENÇA EM NOSSAS VIDAS. QUE AS PESSOAS SABIAS OU NÃO, POSSAM REFLETIR SOBRE A SUA COLOCAÇÃO E VEJAM QUE FAZER A DIFERENÇA É FUNDAMENTAL. VOCE MEU AMIGO, SERA A DIFENRENÇA NESTES QUATRO ANOS QUE VIRÃO, POIS VC É INTEGRO, LIMPO, DE BOM CARATER E IRA PARA QUE VC VEIO. UM GRANDE BEIJO. ADOREI SEU BLOGGER

Anônimo disse...

EU TENHO UM SONHO
Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal." Fonte: colaboração de Hernani Francisco da Silva, da Missão QuilombosMartin Luther King - 15/01/1929Leia um resumo da vida de King