Faz 78 anos que Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho e Emprego e muita coisa mudou de lá pra cá, é obvio.
O direito dos trabalhadores é lei, embora muitos levem anos e anos tentando receber na justiça o que por lei é seu de direito. As pessoas estudam, fazem curso técnico ou uma faculdade e, na maioria das vezes, não conseguem entrar no mercado de trabalho e, quando conseguem, o salário é desanimador na maioria dos casos, mas como precisam sobreviver, acabam aceitando.
Os Jovens têm dificuldade de entrar no mercado porque não têm experiência, os mais experientes, se já tiverem passado dos 40 anos, têm a mesma dificuldade porque já não são mais o “perfil” que o mercado precisa.
Alguns tentam abrir um negócio, mas a burocracia brasileira emperra tanto...
Outros caem na economia informal e já outros amargam o desemprego mesmo.
Alguns institutos de pesquisa e estatística apontam que o emprego formal cresce no Brasil, que bom, mas ainda existe uma massa de desempregados que ainda estão nas ruas procurando um trabalho.
Hoje, já percebemos muitos deficientes físicos no mercado, acho ótimo, mas teve de ser por força da lei que impõe uma porcentagem para as empresas, do jeito que vai, daqui a pouco deverão haver cotas para jovens e para pessoas acima dos 40 anos, já pensou?
Os concursos públicos são uma boa opção nesse cenário e quem agradece são os donos de cursinhos que andam cada dia mais lotados, ontem mesmo recebi um convite para dar aulas de enfermagem num curso que está montando uma turma para o concurso da aeronáutica (e já está com 3 turmas!).
A onda agora é a da globalização e do neoliberalismo que preconizam a abertura dos mercados, a privatização de estatais e a livre negociação entre patrões e empregados, colocando por terra os direitos adquiridos em anos de luta para assegurar um mínimo de dignidade da classe menos privilegiada-a dos trabalhadores.
É claro que tudo tem os 2 lados, porque no nosso país, a nossa sociedade discute a política neoliberal que os defensores, na maioria empresários, defendem com a alegação que aumentaria os empregos, mas poderia ser a volta do Coronelismo autocrático em detrimento da pouca dignidade que ainda temos.
Aqui em Lorena, muitos defendem a bandeira do crescimento da cidade sob a ótica do desenvolvimento empresarial.
Hoje a cidade já está em condições estruturais mínimas de atrair investimentos, com educação e saúde de boa qualidade, queda dos homicídios e melhora na segurança, uma boa área destinada ao pólo industrial, etc, porém, fico pensando também em todos os problemas inerentes ao crescimento das cidades, principalmente quando ocorre sem planejamento e desordenamento e volto a insistir nas discussões, não só da política e, no caso, das empresas, mas de toda a sociedade no geral.
Realmente temos problemas de ordem social que com o emprego resolveriam, mas emprego para quem?
Será que com a vinda de empresas para a cidade, os nossos desempregados se empregariam?
Sabemos que hoje tudo está automatizado, modernizado e que as empresas querem mão-de-obra qualificada, e daí, chupa essa manga!
Novamente os jovens que estão a procura do 1º emprego e os experientes com mais de 40 anos não se enquadrariam nesse perfil, a cidade receberia pessoas de outros municípios com preparo técnico adequado a essas empresas.
Realmente aconteceria o que alguns querem, a cidade cresceria, mas para onde?
Portanto, acredito na necessidade de novos investimentos e também quero ver a cidade mais pujante, mas, principalmente, quero Lorena pra os Lorenenses, filhos dessa terra e que estão amargando no desemprego ou sub emprego, mas quero um crescimento sustentável e ordenado, aliás, como todos.
A lógica da mão-de-obra tem de seguir a necessidade do mercado e no mundo de políticas neoliberais com padrão de produtos de excelência temos que, lutar sim, para um Crescimento Sustentável na cidade, mas sem tirar os olhos das regras que ditam o mercado, e necessariamente, este olhar tem de passar pela qualificação dos nossos trabalhadores.
Nesse 26 de novembro quando comemoramos a criação do Ministério do Trabalho, vamos refletir e discutir esses novos desafios que a sociedade moderna nos impõem.
Beijos e fui...
3 comentários:
O problema do trabalho no mun, vem se complicando desde meados do seculo 18 na Inglaterra, onde eclodiu a revolução industrial.
Sempre procurando produzir mais com menos: o homem viu se obrigado a gerar novas tecnicas de produção, surge as primeiras maquinas. A produção deixa de ser manufaturada, e passa a funcionar em pequenas oficinas onde pessoas trabalhavam em maquinas de outros... depois surgem os primeiros galpões e assim surgem as primeiras fabricas...
Assim, oque parecia ser a luz, virou a escuridão, e o Brasil como uma nação jovem,herdou das grandes potencias europeis, principalmente das que sempre sugaram nossas riquezas; um mercado de trabalho decadente e reduzido.
Mais, acredito em novos tempos, estamos com uma economia fortalecidad: muitas foram nossas conquistas ao longo da historia, na ditadura militar o povo brasileiro mostrou sua força, e valor.
Acreditemos, que somos a "bola da vez' e que num futuro não muito distante, seremos de fato e de direito "gigantes pela propria natireza".
Que paradoxo...
Ainda existem correntes antí-"CLTistas" tentando aprovar no Congresso mudanças radicais fazendo políticas predatórias aos direitos trabalhistas conquistados pela CLT, e que graças aos nossos legisladores ainda não "passou". Por isso digo e repito ! Seu voto não pode ser "zuado", tem que ser de "responsa", e aproveite desde já seu candidato eleito, mesmo que seja aquele que vc não votou. Escolha dos 10 eleitos um que tenha mais afinidade, liberdade e amizade e lute junto a ele (a) por uma Lorena sempre melhor e com adendos a nossa Lei Orgânica do Município para sempre incentivar e agregarmos mais benefícios em nossas leis trabalhistas, pois estando de acordo com a Constituição, é só pensar e executar por um (a) profissional cada vez melhor, mais capacitado (a) e "ganhando" bem né ???
Grato
Phillippini
que show de reflexão, como voc~e m,esmo diz, abalô
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