Mafu recebe o Prêmio Anna Nery em São Paulo , Honraria Concedida
aos Melhores Enfermeiros do Brasil
Agradeço a belíssima homenagem que o Jornal guaypacaré fez a minha pessoa. Belíssimo momento da minha vida e do ano de 2013.
De acordo com o Censo
2010, o Brasil possui 190.732.694 habitantes, demonstrando que
em uma década a população cresceu 12,3%. Nesta mesma crescente
está a área da Enfermagem, que hoje contabiliza 1.480.653 profissionais,
sendo, de longe, a maior categoria profissional da área da saúde.
Em comemoração ao Dia
Mundial do Enfermeiro e à Semana da Enfermagem, foi realizado no dia 27 de maio,
no auditório Franco Montoro na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo,
ato solene em homenagem aos profissionais da área, além da outorga do Prêmio
Anna Nery a todos os que se destacaram no exercício da profissão e na defesa
dos interesses da categoria. Solicitado e presidido pela deputada Leci Brandão
(PCdoB), e promovido pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo
(SEESP), o evento contou com a presença de deputados estaduais, federais,
técnicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem de vários municípios do Estado
de São Paulo e das principais capitais brasileiras.
Entre os poucos
homenageados com o Prêmio Anna Nery, nosso querido Valdemir Vieira,
popularmente conhecido como Mafu, muito nos honrou colocando o nome da cidade
de Lorena e da Região do Vale do Paraiba em destaque no cenário nacional.
Representando a
Prefeitura Municipal de Lorena, os cursos de Pós Graduação de Enfermagem da
Fatea e o Grupo de Estudo em Álcool e outras Drogas da Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo (GEAD-USP), fica fácil entender o porquê da escolha
do nosso enfermeiro entre os melhores do Brasil; Mafu é um profissional
completo, atua na coordenação, assistência e gerência de Enfermagem na
secretaria municipal de saúde de Lorena (quem não se lembra da atuação decisiva
na assistência na epidemia de dengue em 2011 quando ele montou todo o atendimento
na UBS do Bairro da Cruz, controlando a epidemia e da Campanha de Prevenção,
coordenada por ele, servindo de modelo para outras cidades, pois Lorena saiu
de, aproximadamente, 18 mil casos de dengue extra oficialmente em 2011 para
apenas 25 casos em 2012, sendo que destes, 20 casos foram contraídos em cidades
vizinhas), atua no ensino, lecionando nos cursos Técnicos, graduação e pós
graduação em Enfermagem e também na pesquisa, com o grupo da Escola de
Enfermagem da USP, apresentando trabalhos e artigos nacional e
internacionalmente como na XI Conferência Iberoamerica de Ensino de enfermagem
da ALADEFE e III encontro Latinoamerica Europa, em Coimbra-Portugal no ano
passado, além da militância pela regulamentação das 30 horas semanais para a
enfermagem no Brasil.
Com mais de 25 anos de
profissão, Mafu já foi atendente, auxiliar e técnico de enfermagem, graduou-se
em Enfermagem e Obstetrícia na Universidade de Taubaté em 1998, especializou-se
Terapia Intensiva em 2000 e Saúde Pública em 2002 e em 2010 concluiu o mestrado
na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, na área de Enfermagem
Psiquiátrica e na linha de pesquisa de Políticas e Práticas em Saúde Mental e
Enfermagem, sendo um dos primeiros enfermeiros mestres e pesquisadores em
álcool e outras drogas do Brasil.
Muito conhecido no meio
da Saúde Pública na região e no Estado e muito querido pelos
colegas e
políticos presentes na Assembléia Estadual, Mafu foi muito aplaudido e chegou a
se emocionar; “Não esperava ser reconhecido com esta honraria, entre tantos
profissionais da grande São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Limeira, São
Bernardo e outras grandes cidades do Estado de São Paulo e do Brasil, foram me
enxergar lá no fundo do Vale do Paraíba! Não tenho palavras, só posso dizer:
Muito Obrigado, este prêmio não é apenas meu, também é da Enfermagem Lorenense
e do Vale do Paraíba”.
Ao fechar esta edição
nos chegou à informação de que Mafu foi convidado pela secretaria de saúde e
aceitou o desafio da Coordenação da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), onde,
provavelmente, Lorena será referência para o Circuito da fé e Vale Histórico na
prevenção, assistência e reabilitação psicossocial dos pacientes com
transtornos mentais e dependentes de álcool e outras drogas do SUS.
“Em 1988 morreu, nos
meus braços, um amigo querido na Santa Casa, sendo a primeira vítima de Aids em
Lorena, em uma época que até a enfermagem tinha receio de cuidar desses
pacientes, pois não tínhamos materiais descartáveis como luvas de procedimentos
e seringas como hoje, tudo era reesterilizado e ainda tinha o estigma e o
preconceito diante da doença. Depois enfrentamos surto de cólera no início dos
anos 90, sarampo, tuberculose e hanseníase. Enfrentamos a dengue em Potim em
2003 e em Lorena em 2011 e 2012. Se sou chamado para um novo desafio, mesmo com
tantos obstáculos como construir e trabalhar uma rede com usuários de álcool e
outras drogas, com certeza, não fugirei a luta, ainda mais sabendo que se trata
de uma grande epidemia social. Temos outros profissionais engajados nesta luta
e o nosso pessoal da USP em
São Paulo já sinalizou que irão nos ajudar. Temos também o
Conselho Municipal de Políticas sobre
Drogas, o Comad, a Prefeitura Municipal e tenho certeza, se precisar, a Câmara
Municipal também e, principalmente, de toda a sociedade, porque hoje o
alcoolismo e a dependência química é um problema que perpassa raça, sexo, idade
e classe social e diz respeito a todos nós, mas, certamente, é um dos maiores
desafios da saúde pública no Brasil e no Mundo na atualidade e estou feliz de
poder contribuir para melhorar, nem que seja um pouco, isso tudo” concluiu Mafu.
Sobre Anna Nery
Ana Nery nasceu na vila
de Cachoeira de Paraguaçu, na Bahia, 13 de dezembro de 1814 e morreu aos 66
anos, no Rio de Janeiro.
Quando decidiu ir para a
Guerra do Paraguai, em dezembro de 1864, ela morava em Salvador com os filhos
Isidoro Antônio, Antônio Pedro e Justiniano. Seu marido, o capitão-de-fragata
Isidoro Antônio Nery, já havia falecido.
Em 1865, ela enviou
ofício ao Presidente da Província solicitando trabalho como enfermeira
voluntária. Alegava dois motivos: socorrer os feridos de guerra que estavam
lutando em defesa da pátria e estar junto aos filhos que já se achavam em
frente de batalha. Logo que o pedido foi deferido, ela partiu de Salvador
incorporada ao décimo batalhão de voluntários (agosto de 1865), na qualidade de
enfermeira.
Ana Nery permaneceu com
o exército brasileiro por quase cinco anos. Na guerra, perdeu um filho e um
sobrinho e teve extraordinária atuação. É considerada, portanto, a primeira
enfermeira voluntária no Brasil.
Quando regressava da
guerra, recebeu várias homenagens. Foi presenteada com uma coroa de ouro onde
estava gravado "À heroína da caridade, as baianas agradecidas", dada
por uma comissão de senhoras baianas residentes no Rio de Janeiro. Por sua
atuação na Campanha do Paraguai, Anna Nery foi denominada pelo Exército de
"Mãe dos Brasileiros". Posteriormente, Carlos Chagas também a
homenageou, batizando com seu nome a primeira escola oficial brasileira de
enfermagem de alto padrão, em 1926, na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2009, Anna Justina
Ferreira Nery foi imortalizada como heroína nacional, tendo seu nome cravado no
livro dos “Heróis da Pátria” no Panteão da Liberdade e Democracia em Brasília,
ao lado de nomes como Zumbi dos Palmares, Tiradentes, Marechal Deodoro da
Fonseca, Dom Pedro I, Duque de Caxias, entre outros, sendo que o formato do
Panteão, idealizado por Oscar Niemeyer, inspirou em réplica, o Prêmio Anna Nery
de Enfermagem recebida por nosso querido Mafu.
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