sábado, 28 de dezembro de 2013

MAFU RECEBE PRÊMIO ANNA NERY DE ENFERMAGEM NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Mafu recebe o Prêmio Anna Nery em São Paulo, Honraria Concedida aos Melhores Enfermeiros do Brasil

Agradeço a belíssima homenagem que o Jornal guaypacaré fez a minha pessoa. Belíssimo momento da minha vida e do ano de 2013.

De acordo com o Censo 2010, o Brasil possui 190.732.694 habitantes, demonstrando que em uma década a população cresceu 12,3%. Nesta mesma crescente está a área da Enfermagem, que hoje contabiliza 1.480.653 profissionais, sendo, de longe, a maior categoria profissional da área da saúde.
Em comemoração ao Dia Mundial do Enfermeiro e à Semana da Enfermagem, foi realizado no dia 27 de maio, no auditório Franco Montoro na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, ato solene em homenagem aos profissionais da área, além da outorga do Prêmio Anna Nery a todos os que se destacaram no exercício da profissão e na defesa dos interesses da categoria. Solicitado e presidido pela deputada Leci Brandão (PCdoB), e promovido pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), o evento contou com a presença de deputados estaduais, federais, técnicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem de vários municípios do Estado de São Paulo e das principais capitais brasileiras. 
Entre os poucos homenageados com o Prêmio Anna Nery, nosso querido Valdemir Vieira, popularmente conhecido como Mafu, muito nos honrou colocando o nome da cidade de Lorena e da Região do Vale do Paraiba em destaque no cenário nacional.
Representando a Prefeitura Municipal de Lorena, os cursos de Pós Graduação de Enfermagem da Fatea e o Grupo de Estudo em Álcool e outras Drogas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (GEAD-USP), fica fácil entender o porquê da escolha do nosso enfermeiro entre os melhores do Brasil; Mafu é um profissional completo, atua na coordenação, assistência e gerência de Enfermagem na secretaria municipal de saúde de Lorena (quem não se lembra da atuação decisiva na assistência na epidemia de dengue em 2011 quando ele montou todo o atendimento na UBS do Bairro da Cruz, controlando a epidemia e da Campanha de Prevenção, coordenada por ele, servindo de modelo para outras cidades, pois Lorena saiu de, aproximadamente, 18 mil casos de dengue extra oficialmente em 2011 para apenas 25 casos em 2012, sendo que destes, 20 casos foram contraídos em cidades vizinhas), atua no ensino, lecionando nos cursos Técnicos, graduação e pós graduação em Enfermagem e também na pesquisa, com o grupo da Escola de Enfermagem da USP, apresentando trabalhos e artigos nacional e internacionalmente como na XI Conferência Iberoamerica de Ensino de enfermagem da ALADEFE e III encontro Latinoamerica Europa, em Coimbra-Portugal no ano passado, além da militância pela regulamentação das 30 horas semanais para a enfermagem no Brasil.
Com mais de 25 anos de profissão, Mafu já foi atendente, auxiliar e técnico de enfermagem, graduou-se em Enfermagem e Obstetrícia na Universidade de Taubaté em 1998, especializou-se Terapia Intensiva em 2000 e Saúde Pública em 2002 e em 2010 concluiu o mestrado na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, na área de Enfermagem Psiquiátrica e na linha de pesquisa de Políticas e Práticas em Saúde Mental e Enfermagem, sendo um dos primeiros enfermeiros mestres e pesquisadores em álcool e outras drogas do Brasil.
Muito conhecido no meio da Saúde Pública na região e no Estado e muito querido pelos
colegas e políticos presentes na Assembléia Estadual, Mafu foi muito aplaudido e chegou a se emocionar; “Não esperava ser reconhecido com esta honraria, entre tantos profissionais da grande São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Limeira, São Bernardo e outras grandes cidades do Estado de São Paulo e do Brasil, foram me enxergar lá no fundo do Vale do Paraíba! Não tenho palavras, só posso dizer: Muito Obrigado, este prêmio não é apenas meu, também é da Enfermagem Lorenense e do Vale do Paraíba”.
Ao fechar esta edição nos chegou à informação de que Mafu foi convidado pela secretaria de saúde e aceitou o desafio da Coordenação da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), onde, provavelmente, Lorena será referência para o Circuito da fé e Vale Histórico na prevenção, assistência e reabilitação psicossocial dos pacientes com transtornos mentais e dependentes de álcool e outras drogas do SUS.
“Em 1988 morreu, nos meus braços, um amigo querido na Santa Casa, sendo a primeira vítima de Aids em Lorena, em uma época que até a enfermagem tinha receio de cuidar desses pacientes, pois não tínhamos materiais descartáveis como luvas de procedimentos e seringas como hoje, tudo era reesterilizado e ainda tinha o estigma e o preconceito diante da doença. Depois enfrentamos surto de cólera no início dos anos 90, sarampo, tuberculose e hanseníase. Enfrentamos a dengue em Potim em 2003 e em Lorena em 2011 e 2012. Se sou chamado para um novo desafio, mesmo com tantos obstáculos como construir e trabalhar uma rede com usuários de álcool e outras drogas, com certeza, não fugirei a luta, ainda mais sabendo que se trata de uma grande epidemia social. Temos outros profissionais engajados nesta luta e o nosso pessoal da USP em São Paulo já sinalizou que irão nos ajudar. Temos também o Conselho Municipal  de Políticas sobre Drogas, o Comad, a Prefeitura Municipal e tenho certeza, se precisar, a Câmara Municipal também e, principalmente, de toda a sociedade, porque hoje o alcoolismo e a dependência química é um problema que perpassa raça, sexo, idade e classe social e diz respeito a todos nós, mas, certamente, é um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil e no Mundo na atualidade e estou feliz de poder contribuir para melhorar, nem que seja um pouco, isso tudo” concluiu Mafu.

Sobre Anna Nery

Ana Nery nasceu na vila de Cachoeira de Paraguaçu, na Bahia, 13 de dezembro de 1814 e morreu aos 66 anos, no Rio de Janeiro.
Quando decidiu ir para a Guerra do Paraguai, em dezembro de 1864, ela morava em Salvador com os filhos Isidoro Antônio, Antônio Pedro e Justiniano. Seu marido, o capitão-de-fragata Isidoro Antônio Nery, já havia falecido.
Em 1865, ela enviou ofício ao Presidente da Província solicitando trabalho como enfermeira voluntária. Alegava dois motivos: socorrer os feridos de guerra que estavam lutando em defesa da pátria e estar junto aos filhos que já se achavam em frente de batalha. Logo que o pedido foi deferido, ela partiu de Salvador incorporada ao décimo batalhão de voluntários (agosto de 1865), na qualidade de enfermeira.
Ana Nery permaneceu com o exército brasileiro por quase cinco anos. Na guerra, perdeu um filho e um sobrinho e teve extraordinária atuação. É considerada, portanto, a primeira enfermeira voluntária no Brasil.
Quando regressava da guerra, recebeu várias homenagens. Foi presenteada com uma coroa de ouro onde estava gravado "À heroína da caridade, as baianas agradecidas", dada por uma comissão de senhoras baianas residentes no Rio de Janeiro. Por sua atuação na Campanha do Paraguai, Anna Nery foi denominada pelo Exército de "Mãe dos Brasileiros". Posteriormente, Carlos Chagas também a homenageou, batizando com seu nome a primeira escola oficial brasileira de enfermagem de alto padrão, em 1926, na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2009, Anna Justina Ferreira Nery foi imortalizada como heroína nacional, tendo seu nome cravado no livro dos “Heróis da Pátria” no Panteão da Liberdade e Democracia em Brasília, ao lado de nomes como Zumbi dos Palmares, Tiradentes, Marechal Deodoro da Fonseca, Dom Pedro I, Duque de Caxias, entre outros, sendo que o formato do Panteão, idealizado por Oscar Niemeyer, inspirou em réplica, o Prêmio Anna Nery de Enfermagem recebida por nosso querido Mafu.


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