As tecnologias mudaram a vida no campo
aumentando a produtividade, as indústrias alimentícias oferecem alimentos prontos,
semi prontos e congelados, os eletrodomésticos facilitaram o cotidiano com o
menor esforço nas atividades domésticas e de trabalho e a correria do dia a dia
nos levaram aos fast foods, tanto nas ruas, quanto em casa – resultado,
obesidade.
Hoje, mais de 51% da população está com
sobrepeso ou obesidade, chamando a atenção das autoridades em saúde pública com
programas governamentais. Uma das novidades é a nova pirâmide alimentar,
reformulada, em oposição à antiga, criada em 1992, dividida
em oito grupos em quatro andares que preconizava como o principal alimento a
ser consumido, os carboidratos,
na base da pirâmide e, raramente, os doces e gorduras
no topo, num total de 2500 calorias ao dia, dependendo da atividade física
(trabalho ou esportiva).
A
nova pirâmide, mais adaptada para a realidade brasileira, preconiza 2000
calorias ao dia (dependendo do estilo de vida e trabalho) e existem dois
modelos propostos, sendo uma chamada pirâmide funcional. O que há em comum
entre os modelos é que o exercício físico vem na base da pirâmide e seis
refeições ao dia, café da manhã, almoço e jantar com pequenos lanches nos
intervalos.
Na proposta acima não há
diferença entre os carboidratos e as gorduras boas e ruins.
Já neste modelo de Pirâmide funcional que é a nova proposta de
Walter C. Willett, na base vem os exercícios diários e controle de peso,
seguida pelos cereais integrais, ricos em fibras e óleos vegetais, que seriam
óleo de soja, de milho, etc e azeite de oliva, fontes de HDL, gordura
insaturada, capaz de aumentar o colesterol bom (HDL- colesterol) e combater o
colesterol ruim (LDL - colesterol). No meio encontramos as verduras, legumes e
frutas, importantes fontes de vitaminas, minerais e fibras, na sequência as frutas
oleaginosas e as leguminosas, que são fontes de vitaminas, minerais e
proteínas.
As oleaginosas exercem poder antioxidante, capaz de reduzir o risco
de doenças
cardiovasculares. No próximo degrau está o peixe, o frango e o ovo, que
constituem fonte de proteínas de alto valor biológico. Quase ao topo da Pirâmide,
podemos encontrar a sugestão de suplementação de cálcio, já que não há
recomendação para o consumo de laticínios, por sua composição rica em gordura saturada,
mas especialistas recomendam leite e seus derivados magros, ou desnatados devido
serem importantes fontes de cálcio. No topo estão os alimentos que devemos
consumir esporadicamente, como os refinados: arroz, macarrão, batata e pão
branco, que sofrem o processo de refinação, perdendo nutrientes importantes e por
possuírem grande quantidade de açúcares simples,
responsável pelo ganho de peso
e obesidade e a manteiga e a carne vermelha, que são alimentos de difícil
digestão, ricos em gordura saturada.
Nenhum órgão oficial se pronunciou sobre a dieta funcional, embora
tenha muitos adeptos. A discussão vai longe, mas um recado é certo: Coma com
moderação, evite alimentos processados e prefira frutas, verduras, legumes e
carnes magras, alimente-se de 3 em 3 horas, beba muita água e, principalmente,
tire o bum bum da cadeira e MEXA-SE.
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