Imediatamente ao pós guerra, dois blocos se formaram dando as novas diretrizes mundiais, o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos e o socialismo, liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas,
Jânio Quadros – Da ascensão e proibição das brigas de galos até a renúncia sem explicação...TOTAL DECEPÇÃO.
Jânio quadros foi como um meteoro. De obscuro professor de ginásio no subúrbio, passando por vereador que só ocupou a cadeira depois que o PCB foi cassado, em seguida prefeito, governador de São Paulo e finalmente presidente da República do Brasil: Jânio da Silva Quadros (1917 - 1992). Um fenômeno.
Parecia para as classes dominantes que era o redentor, o verdadeiro líder, porque sempre foi conservador e autoritário. Todos sabiam que ele não ameaçava com nenhum nacionalismo ou esquerdismo. Além do mais, seria apoiado pela conservadora UDN.
Falava num português correto e além disso, vivia falando em moralidade pública, em instaurar auditorias e prender os corruptos, "botar os vagabundos dos funcionários públicos para trabalhar", em se tornar um administrador moderno e eficaz.
Parecia também ser a solução para grande parte dos pobres. Impressionava com ternos escuros cheios de caspas nos ombros, enquanto que as pessoas, fascinadas, apontavam: “Vejam, um homem do povo como nós, ele tem caspa no cabelo!” Realmente, um candidato que tinha algo na cabeça: caspa.
Outra técnica eleitoreira de Jânio era, diante da multidão, abrir o paletó para tirar pão. Começava a comer um sanduíche. Não de presunto, mas de humilde mortadela, passando a imagem de homem do povo, sem vaidades, que trabalha muito e tem pressa.
No meio de um comício, Jânio desmaiava, par pssar imagem de vítima dos poderosos, pois sabia o amor que o nosso povo devotava aos políticos que apareciam como vítimas da injustiça.
E então, de repente, qual Fênix ressurgida das cinzas, ressuscitava, forte, denunciante, vitorioso, na sua escalada invencível para o Palácio do Planalto!
Venceu fácil. Votação sensacional: 5,6 milhões de votos contra apenas 3,8 milhões de Lott (PSD + PTB).
Empossado na presidência, Jânio fez um governo estranhíssimo. Em pouco tempo conseguiu desagradar quase todo mundo.
Para controlar a inflação, Jânio propôs “austeridade, ongelando os salários em meio a uma inflação galopante.
Além disso, cortou gastos públicos, resultando em menos gastos com a saúde e educação.
O trigo e o petróleo perderam os subsídios. Assim, os preços do pão e da gasolina aumentaram em 100%, levando aos empréstimos do FMI.
Claro que essas medidas irritavam a esquerda, orem, ele não se incomodava com isso. O problema, é que ele começou a tomar medidas estranhas que acabaram irritando seus próprios aliados direitistas da UDN.
Algumas biografias falam de sua personalidade estranha.
Alguns até lançaram a hipótese de que seu governo teria sido movido a uísque.
Talvez Jânio alimentasse um sonho megalomaníaco: aparecer na história como o maior líder independente do Terceiro Mundo.
Naquele clima de Guerra Fria do começo dos anos 60 havia espaço para isso? Jânio nem se deu ao trabalho de avaliar.
Dentro desse ideal de autonomia na política externa, reatou relações diplomáticas com a URSS e a China socialista. Claro que não tinha virado esquerdista. Era só uma aproximação comercial, que interessava a empresários brasileiros.
Ao resolver condecorar com a Ordem do Cruzeiro do Sul o guerrilheiro comunista da revolução cubana, Ernesto Che Guevara, num momento delicado entre os Estados Unidos e Cuba, ele apareceu nos jornais do mundo inteiro, desagradando eu partido, a UDN e os Americanos.
Proibiu terminantemente, em todo território nacional a briga de galos!
Com tanto problema sério para o presidente cuidar, ele proibia a briga de galos! perdia tempo com bilhetinhos proibindo brigas de galos.
Proibiu também lança-perfume, uso de biquíni nas praias, corrida de cavalos no meio da semana e daí por diante.
Até que, de repente, depois de apenas sete meses de governo, resolveu renunciar à presidência, sem nenhuma explicação, apenas acusava as “forças terríveis”.
Relatos afirmam que na véspera da renúncia, Lacerda, rompido com Quadros, deu uma entrevista na tevê acusando Jânio de estar preparando um golpe para instalar uma ditadura.
Lacerda estava acostumado a fazer denúncias sem fundamento, mas parece que desta vez ele falava a verdade.
Especulam que Jânio anunciou a renúncia esperando que o povo bradasse as volta aliado ao fato que seu vice-presidente, João Goulart, era odiado pelos setores conservadores do empresariado e dos militares.
A renúncia era uma verdadeira chantagem contra esses grupos poderosos.
Diante disso, ele acreditava que militares, burgueses e políticos correriam para ele implorando que ficasse no cargo, aceitando suas exigências de uma ditadura pessoal, o que nunca aconteceu.
Tomou uma decisão em nenhum preparo, sem nenhuma orientação, pegando todos de surpresa, restando ao Congresso aceitar sua decisão.
Assumiu a presidência, provisoriamente, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzili.
Não obstante, a direita não queria a posse de Jango.
Agora, o país vivia uma crise política terrível. Estava à beira da guerra civil.
Jânio Quadros causou muito... Principalmente indignação e decepção aos sofridos brasileiros.
Amanhã continuaremos essa história triste, por hora, chega!
TCHAU...PARDAL...FUI!
2 comentários:
Parabéns! Realmente foi um epsódio negro na nossa história e Jânio foi um fiasco responsável por isso junto dos outros acontecimentos. Gostei muito!
Só depois que li a postagem do Jango, entendi que se trata de postagens especiais, pois achei que você tinha escrito algo inacabado, hoje que entendi direito. Não sabia a história de Jânio, decepção mesmo.
Sei que você não é novela, mas essa semana vou te seguir, está muito bem elaborada a pesquisa.
Parabéns.
Obs: Ganhou mais um fã, meu pai todo dia entra no blog para ler os posts e está te mandando um grande abraço.
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