domingo, 22 de maio de 2011

(111) PROVA DE REDAÇÃO DA UFMG

Recebi essa mensagem por e mail, resolvi postar aqui para pensarmos na Educação que temos. Preocupante!

Onde vamos parar? Vejam só o que alguns dos vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo como o tema: "A TV FORMA, INFORMA OU DEFORMA?"

A seleção foi feita pelo prof. José Roberto Mathias.

"A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação". (Deus!)

"A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação". (Fantástica!)

"A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não..." (Ah bom, uma frase sobrenatural ) .

"A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar ba stante tempo intertida como também as vista" (Sem comentários ).

"A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças" (Como é que pode ?).

"Sempre ou quase sempre a TV está mais perto denosco (?), fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro" (esta é imbatível).

"A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral" (É praticamente uma tortura !).

"A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção" (Tudo a ver).

"A TV é o oxigênio que forma nossas idéias" (Sem ela este indivíduo não pode viver).

"...por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens" (Nunca tentei dirigir uma TV ).

"A TV ezerce (Puxa!!! ) poder, levando informações diárias e porque não dizer horárias" (Esse é humorista, além de tudo).

" E nós estam os nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso" (Me explica isso? ).

"A televisão leva fatos a trilhares de pessoas" (É muita gente isso, hein?).

"A TV acomoda aos tele inspectadores" (Socorro!!!).

" A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas" (Vixe!).

"A televisão pode ser definida como uma faca de trezgumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar" ( onde essa criatura arrumou esta faca???).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

(110) ENFERMAGEM-UMA SAGA DE AMOR PARA AMENIZAR A DOR. (Artigo do Vereador Mafu publicado no jornal guaypacaré na edição do dia 14 de maio de 2011)

“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto à obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!”

Florence Nightingale

A enfermagem como profissão evoluiu muito através da história. As práticas eram associadas ao trabalho feminino devido à maternidade desde os primeiros grupos nômades. Na antiguidade, as referências do trabalho eram com relação à assistência ao parto e ao trabalho nos templos junto aos sacerdotes com as práticas místico-religiosas de cura através de rituais. Na Grécia antiga, depois dos estudos indutivos de Hipócrates, baseado na inspeção e observação e de que a doença não era castigo de Deus (ou dos deuses) e sim resultado da ação e reação do homem com a natureza, modificaram as práticas assistenciais. Na idade média, conhecida como a idade das trevas, há um retrocesso dessas práticas, voltando às concepções místicas e atribuindo as doenças como a lepra, ao castigo divino, sugerindo que era devido ao pecado pelo contato entre os corpos; em outros casos como a esquizofrenia, por ouvir vozes, os loucos eram condenados à fogueira, como forma de matar o demônio que ocupava aqueles corpos. A peste negra e outras epidemias dizimavam sociedades inteiras, levando a preocupação de que algo (fora o divino ou o diabólico) era a causa das doenças, surgindo os primeiros hospitais, hospícios e asilos, sendo os doentes cuidados por religiosos católicos, O tratamento baseava-se em cuidados básicos de higiene, alimentação e conforto espiritual, fato que influenciou nossos hospitais até nos dias atuais, com a presença das freiras nas nossas Santas Casas (enfermeiras e professoras competentíssimas por sinal). Nessa época, o embrião da enfermagem moderna começava a desenvolver com trabalhos sistematizados e rotinas de cuidados, porém, um fato histórico causa o que conhecemos como período negro da enfermagem, esse fato foi A Reforma Religiosa. Nesta fase conturbada da história, alguns Reinos (países) expulsaram os religiosos católicos dos já carentes hospitais, substituindo-os por degenerados que, como forma de punição, tinham de cuidar dos doentes. Homens, mulheres e crianças usavam as mesmas dependências e viviam amontoados uns sobre os outros.
Após a revolução bacteriana de Louis Pasteur e com o advento da Revolução Industrial e o capitalismo crescente, as preocupações com a saúde da classe operária, que estava florescendo, fizeram com que, sob a visão político-econômica, a sociedade do final do século XVIII e início do XIX exigissem novas políticas de saúde, nascendo assim a enfermagem moderna. Em 12 de maio de 1820 (Dia do Enfermeiro), nasceu Florence Nightingale, em Florença na Itália. Filha de ingleses, Florence Nightingale possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança, além de dominar o inglês, francês, alemão, italiano grego e latim. Estudou as atividades das irmãs católicas em Roma e, decidindo servir a Deus, trabalhou em Kaiserswert, na Alemanha, descobrindo seu amor pela Enfermagem. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de mais de 40%.
Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais, organizaram os hospitais de campanha e a mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e a imortalizaram como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contraiu tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, levou uma vida de inválida, porém, por seus trabalhos, recebeu um prêmio do Governo Inglês, iniciando, o que para ela, é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem, fundando a primeira em 1859 no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente, no mundo inteiro.
No Brasil, no período colonial, grupos de escravos foram os primeiros a prestarem cuidados nos domicílios junto com os religiosos e na nossa colonização, desde o início foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal, sendo a primeira fundada na Vila de Santos, em 1543. No dia 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição da Pátria. Em 15 de agosto de 1865, parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos. Após cinco anos, retornou ao Brasil, foi acolhida com carinho e louvor como a Mãe dos Brasileiros, recebeu uma coroa de louros e Victor Meireles pintou sua imagem, que foi colocada no edifício do Paço Municipal, no Rio de Janeiro. O governo imperial lhe concedeu uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha. Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil, no Rio de Janeiro, recebeu o seu nome.
Na atualidade, a Enfermagem tem seu espaço de destaque nos serviços de saúde, gerenciando unidades e coordenando um trabalho de equipe fundamental para a promoção, recuperação e reabilitação em saúde.
12 de maio é o dia do Enfermeiro, e na Semana da Enfermagem fica a minha homenagem, admiração e respeito por todos os meus colegas Auxiliares, Técnicos e Enfermeiros. Parabéns a todos nós!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

(109) QUANDO UM "BARATO" SAI MUITO "CARO"- OXI ANOVA DROGA PODE ESTAR MAIS PERTO DO QUE PENSAMOS!

A localização privilegiada da nossa cidade de Lorena, situada no Eixo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tem o seu lado negro-a rota natural do narcotráfico.
Vivemos uma epidemia silenciosa, porém, mais avassaladora para os nossos jovens e sociedade em geral; vivemos a epidemia da degradação humana pelas drogas a olhos vistos.
No centro da cidade ou nos bairros, em todo o lugar, percebemos, com sentimento de impotência, boa parte dos nossos jovens morrendo aos poucos.
Com os laços familiares fragilizados, desempregados e sem expectativas sócio-educacionais-culturais, as rupturas sociais marginalizam ainda mais os usuários de álcool e outras drogas, gerando outros problemas como assaltos, violências diversas, suicídios, entre outros.
Ainda não temos nenhuma política pública efetiva, mas já existe um começo- O relatório final da 1ª Conferência Municipal de Políticas de Drogas do COMAD (Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas), realizado em outubro passado, estabelece uma série de diretrizes e serviços que ainda não foram implantados por diversas razões.
Estamos preparando também uma grande sensibilização em álcool e outras drogas para todos os profissionais que atuam na atenção básica do nosso município (PSF, UBS, Caps e Pronto-Socorro), desmistificando o assunto para os profissionais e propondo práticas assistenciais para dar um primeiro atendimento e atenção em saúde para essa população.
As notícias não são nada boas; Já chegou em São Paulo o OXI (Oxidado), uma mistura de pasta de cocaína com gasolina (querosene ou água de bateria) permanganato de potássio e cal virgem. A droga também é vendida sob a forma de pedras e é fumada em latinhas ou cachimbos como seu primo Crack, porém, é muito mais letal. Introduzido no Brasil através do Estado do Acre em meados da década passada, esta nova droga deixou perplexos até mesmo os pesquisadores do assunto naquele estado, como relata o pesquisador Álvaro Mendes da ONG Rede Acreana de Redução de Danos –Reard:

“No começo eles sentem uma sensação de euforia, de ânimo. Depois vem o medo, a mania de perseguição, a paranóia”. A droga só dá “barato” no momento em que está sendo consumida, e cada pedra dura cerca de 15 minutos. Para perpetuar o barato, o álcool serve de alívio entre uma pipada e outra, num ritual que se alonga por mais de 6 horas, geralmente à noite... “Quando parava de pipar a pedrinha, tragando a fumaça pela boca, ele caía vomitando e defecando, e ficava tendo “barato” no meio do vômito e das fezes, até se levantar para consumir de novo”.

O Oxi é extremamente nocivo ao organismo e seu uso perturba o sistema nervoso central e leva à “paranóia”, ao medo constante, nervosismo, emagrecimento e envelhecimento rápidos. Os usuários ficam com cor amarelada, têm problemas de fígado, dores estomacais, dores de cabeça, náuseas, vômitos, diarréia constante, dificuldades para respirar e o óbito também é rápido, menos de dois anos no máximo, geralmente por complicações renais, hepáticas ou pulmonares.
Na cracolândia em São Paulo já há notícias da popularização do Oxi, pois o preço favorece: enquanto uma pedra de Crack custa 10 reais, a do Oxi custa em torno de 2 a 5 reais. A semelhança entre ambas dificulta a diferenciação entre elas.
Ainda não se comenta em Lorena, mas conhecendo o poder de difusão das drogas na nossa região, este artigo fica como um alerta para todos nós, afinal, as drogas não fazem distinção de raça, sexo, classe social ou idade. Direta ou indiretamente, a vulnerabilidade é de toda a nossa sociedade.