quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

(77) "LORENA E O BRASIL EM LUTO"


Em 2004, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou a missão de paz no Haiti, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Vários militares brasileiros já foram para lá, inclusive diversos amigos meus que servem o exército aqui em Lorena.
O Comando do Exército confirmou pela manhã a morte de quatro militares brasileiros no Haiti em decorrência do terremoto que atingiu 7 graus na escala Richter no país ontem, considerado o mais forte nos últimos 200 anos.. São eles: o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o soldado Antônio José Anacleto e o soldado Tiago Anafa Detimermani, todos do 5° batalhão de Infantaria Leve, em Lorena (SP). Atualmente, 1.266 militares brasileiros participam de uma missão de paz da Organização das Unidas no País (ONU) no Haiti, país mais pobre das Américas.

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns foi para Porto Príncipe no sábado, em missão humanitária, para implantar o sistema da pastoral da criança com o objetivo de combater a desnutrição infantil que é extremamente grave no Haiti. Ela morreu soterrada aos 75 anos após o terremoto.
Calculam que centenas de milhares de pessoas morreram nessa catástrofe.
Lorena e o Brasil está em luto pelos militares e pela partida de Zilda Arns.
Deixo aqui o registro da nossa tristeza e condolências aos familiares dos nossos militares que morreram tentando melhorar a vida de muitos sofredores haitianos.




(76)"A POLÍTICA QUE TEMOS É A POLÍTICA QUE QUEREMOS?"Em busca da conscientização da necessidade de uma verdadeira política ascendente.



( Essa matéria saiu no jornal guaypacaré no dia 25/12. Boa reflexão para vocês.)


“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ELEITOS ou DIRETAMENTE, nos termos desta constituição". (Cita Art.1°, parágrafo único da Constituição Federal da República Federativa do Brasil).

Para quase tudo nesta vida é preciso ter um tempo para aprender e assimilar. O próprio processo da vida é assim...Nascemos e começamos o nosso aprendizado; comer, andar, falar... Crescemos, estudamos e sempre continuaremos aprendendo... Até na hora da morte!

Com a política também é assim. Escolhemos um partido, planejamos uma campanha, vamos para as ruas e, se nos elegermos, então...

Profissionalmente, enquanto somos acadêmicos, nos ensinam os segredos da profissão escolhida; no geral, todas as faculdades e cursos técnicos exigem estágios profissionalizantes, onde colocamos em prática as teorias aprendidas e somos contemplados com um canudo no final dessa jornada que diz que estamos aptos a exercer a referida profissão.

Após nos elegermos, também somos diplomados e temos o direito e dever de representarmos a população numa casa de leis, fazendo leis, cumprindo leis, fiscalizando o executivo, entre tantas outras funções...

Politicamente, qual é a teoria ensinada? Qual é a prática esperada?

Neste primeiro ano de mandato me questiono: Qual é a política que temos? Qual é a política que queremos? Onde queremos ou precisamos chegar?

Preocupei-me em aprender e entender o Regimento Interno da Câmara Municipal, a Lei Orgânica do Município. Li alguns livros e manuais sobre Gestão Pública, Parceria Público Privada, Vereança, Tributação, Repasses de recursos federais e estaduais, entre outros.

Fiz alguns cursos sobre a função dos agentes públicos na Assembléia Legislativa e vários outros de Administração Pública, Gestão Ambiental e de Políticas de Secretarias especificas como o da Pessoa com deficiência, Assistência e desenvolvimento social, Educação, Esporte, Cultura, Empregabilidade e desenvolvimento sustentável, além do meu curso de políticas públicas de saúde que é minha área de atuação profissional.

Sempre estou reunido com as organizações (instituições, entidades, associações de bairro, igrejas, ligas, oscip, conselhos, etc) e participo de grupos de discussões na web, como a Mocidade de Lorena, que muito tem acrescentado no meu trabalho e na administração municipal, fato comprovado no relatório sobre urbanização e trânsito da cidade que pode vir a ser útil para as respectivas secretarias. Como não existe e nem se exige qualificação para ser um político no cenário do nosso país, procurei sistematizar um roteiro do que, sob a minha ótica, de outras pessoas e de algumas literaturas do gênero, são pontos relevantes para um bom trabalho de um representante do povo e, justamente, por representar uma coletividade, acredito que o meu trabalho, bom ou ruim, não é apenas meu, pois procuro através das minhas proposituras, retratar o anseio dos cidadãos, ouvindo, consultando e questionando.

Agradeço toda nossa gente que contribui comigo, me motivando com sugestões, críticas e reivindicações que recebo diariamente no meu site, blog, e-mails, telefones, nas ruas, enfim, em todos os lugares por onde passo, pois foram essenciais e fundamentais para a minha legislatura neste ano de 2009, ainda que para alguns não tenha contribuído muito, mas dei o melhor de mim e fiz o melhor que sabia.

A tendência da construção de uma política ascendente já é assegurada por lei, como as audiências públicas de assuntos relevantes, plebiscito, entre outras possibilidades. É através do controle social e participação popular que construímos a municipalização da saúde, da educação, do desenvolvimento social cujos planos municipais, com suas qualidades e defeitos, norteiam as políticas nacionais, respeitando a regionalização e a cultura de cada parte desse país. Talvez, os 20 anos de ditadura militar que nos calou, tenha nos legado a tímida participação, emitida pelo inconsciente coletivo, de que as decisões são diretivas e descendentes, vindas de cima tendo de ser obedecidas sem serem questionadas aqui embaixo. Aprendi e quero continuar aprendendo a construir uma política democrática, com as pessoas e para as pessoas e, peço a todos vocês que, em 2010, continuem me auxiliando a trilhar a política que fala da expectativa geral, o que nada mais é do que a expectativa de cada um de nós. Participem ativamente das decisões sobre o destino do nosso município, pois a obrigação é de todos, políticos ou não, visto que, o poder do voto é a vontade do povo, mas também sela a co-responsabilidade entre o eleito e o eleitor.

Afinal, para que serviria a política se não fosse para servir a todas as pessoas?



sábado, 9 de janeiro de 2010