Muito se falou na imprensa sobre o fenômeno Michael Jackson nessa semana com o advento da sua morte.
Sua vida, seus sucessos inesquecíveis, as polêmicas, enfim, reviraram o baú de Michael e eu não poderia deixar de colocar aqui algo a respeito, não sobre sua obra e sua vida, pois isso a mídia já o fez, mas sobre algo ainda pouco discutido, A SÍNDROME DE PETER PAN.
Peter Pan é um personagem cuja história provavelmente todo mundo já conhece: o menino que se recusa a crescer e envelhecer e vive no mundo encantado da Terra do Nunca (Neverland), nome do rancho que Michael comprou e montou com parque infantil e mini zoológico. ASíndrome de Peter Pan foi aceita em psicologia desde a publicação de um livro escrito em 1983 The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up ou "síndrome do homem que nunca cresce", escrito pelo Dr. Dan Kiley.
No entanto não há evidências de que esta síndrome seja uma doença psicológica real, e por isso não está referenciada nos manuais de transtornos mentais. Não consta, por exemplo, no DSM IV.
Esta síndrome caracteriza-se por determinados comportamentos, imaturos em aspectos comportamentais, psicológicos, sexuais ou sociais. Segundo Kiley, rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência, negação ao envelhecimento.
Esse tipo de atitude acaba atrapalhando os relacionamentos. "No começo, ele é o cara legal, o 'cuca fresca', mas depois isso cansa, porque ele age o tempo todo como o garotão babaca, ninguém agüenta", fala a psicóloga Marina Lemos.
Uma mãe supreprotetora pode ajudar a desencadear esse comportamento em quem já tem a predisposição. "A educação e a criação são aceleradores do crescimento, mas elas podem atuar como um elemento não facilitador quando são repressoras", diz.
O especialista em comportamento humano Wilson Mileris enfatiza que os imaturos insistem, mesmo ao atingir a idade adulta, em pensar e se comportar como crianças. “Essa atitude os impede de se relacionar satisfatoriamente e compromete os resultados em todas as áreas da vida. Particularmente a parte profissional”.
Mileris ainda ressalta que nos ambientes corporativos também pode ser encontrado esse tipo de comportamento. “Ao observar alguns gerentes, é possível perceber que eles falham em lidar com os conflitos e revezes da vida e dão vazão à sua imaturidade através de uma ira descabida”.
No ambiente corporativo, o especialista defende que as grandes lideranças, em algum elo da corrente de comando, precisam desenvolver características de amortecedor. “Se não agir de uma forma madura, só pode esperar que a situação fique pior. Afinal, cada um deles atua como um amplificador, passando adiante, de modo ampliado, suas queixas contra o chefe. Inevitavelmente, o resultado tende a piorar e isto dá início a um crescente espiral de frustração”, enfatiza Mileris.
Os sentimentos são contagiosos e a equipe é influenciada pela emoção de seu líder e de seus membros (positiva ou negativamente). “O fato é que os gestores, inteligentes emocionalmente, são maduros e capazes de reconhecer como os próprios sentimentos afetam o desempenho no trabalho. Eles têm facilidade de enxergar o contexto geral numa situação complexa”, comenta o especialista.
Portanto, é fundamental disseminar junto às pessoas que a imaturidade é uma geradora de fracassos e que mais “gerentes-amortecedores” devem fazer parte de uma empresa. Mileris explica que esse tipo de gestor pode ser encontrado entre os maduros emocionalmente que entendem a inteligência emocional coletiva é o que separa as equipes de alto desempenho das medíocres. Uma vez que o desempenho profissional do grupo é diretamente proporcional à habilidade do líder e da forma de lidar com o clima emocional e os relacionamentos interpessoais.
Segundo alguns estudos, a imaturidade afeta o ajustamento do indivíduo a seu meio. Principalmente porque ele nunca está disposto a sacrificar seus interesses em benefício dos outros e, tampouco, consegue realizações à longo prazo. Por isso, o grupo acaba rejeitando-o.
Entretanto um cuidado é fundamental. Não confundir “imaturo” com “neurótico”, porque a neurose é um distúrbio que afeta a estrutura do caráter das pessoas. Quando tal perturbação se manifesta, a vida emocional do indivíduo fica dominada por sentimentos intensos e mal dirigidos. “A pessoa imatura não é necessariamente neurótica, e vice-versa. A diferença fundamental é que o neurótico tende a sofrer de ansiedade e/ou depressão devido a seus conflitos íntimos, ao passo que o imaturo está livre dessa ansiedade interior e sente-se bastante feliz até o momento em que suas necessidades e desejos entram em conflito com os sentimentos das outras pessoas”, completa Mileris.
Evidentemente, a imaturidade afeta o ajustamento do indivíduo em seu meio, porque ele nunca está disposto a sacrificar seus interesses em benefício dos outros e tampouco consegue realizações a longo prazo, a ponto de seu egoísmo levá-lo a ser rejeitado pelo grupo. Porém, Mileris explica que, como em todas as situações é possível observar os comportamentos e fazer com que eles sejam superados.
Voltando ao Michael, alguns especialistas dizem que ele parou de crescer emocionalmente no início dos anos 70, ainda quando era o menor dos Jackson’5 e tinha 11 anos.
Após seu grande sucesso THRILLER. Ganhou dinheiro o bastante para comprar seu rancho e como Peter Pan, ficou vivendo em Neverland- A Terra do Nunca entre bichinhos e brinquedos, numa atitude de isolamento, com um narcisismo exacerbado a ponto de ficar desbotado e se submeter a diversas cirurgias plásticas e só comer tudo do prato com a empregada/babá (e brasileira) contando histórias e alimentando sua “birrinha”.
Sua vida, seus sucessos inesquecíveis, as polêmicas, enfim, reviraram o baú de Michael e eu não poderia deixar de colocar aqui algo a respeito, não sobre sua obra e sua vida, pois isso a mídia já o fez, mas sobre algo ainda pouco discutido, A SÍNDROME DE PETER PAN.
Peter Pan é um personagem cuja história provavelmente todo mundo já conhece: o menino que se recusa a crescer e envelhecer e vive no mundo encantado da Terra do Nunca (Neverland), nome do rancho que Michael comprou e montou com parque infantil e mini zoológico. ASíndrome de Peter Pan foi aceita em psicologia desde a publicação de um livro escrito em 1983 The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up ou "síndrome do homem que nunca cresce", escrito pelo Dr. Dan Kiley.
No entanto não há evidências de que esta síndrome seja uma doença psicológica real, e por isso não está referenciada nos manuais de transtornos mentais. Não consta, por exemplo, no DSM IV.
Esta síndrome caracteriza-se por determinados comportamentos, imaturos em aspectos comportamentais, psicológicos, sexuais ou sociais. Segundo Kiley, rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência, negação ao envelhecimento.
Esse tipo de atitude acaba atrapalhando os relacionamentos. "No começo, ele é o cara legal, o 'cuca fresca', mas depois isso cansa, porque ele age o tempo todo como o garotão babaca, ninguém agüenta", fala a psicóloga Marina Lemos.
Uma mãe supreprotetora pode ajudar a desencadear esse comportamento em quem já tem a predisposição. "A educação e a criação são aceleradores do crescimento, mas elas podem atuar como um elemento não facilitador quando são repressoras", diz.
O especialista em comportamento humano Wilson Mileris enfatiza que os imaturos insistem, mesmo ao atingir a idade adulta, em pensar e se comportar como crianças. “Essa atitude os impede de se relacionar satisfatoriamente e compromete os resultados em todas as áreas da vida. Particularmente a parte profissional”.
Mileris ainda ressalta que nos ambientes corporativos também pode ser encontrado esse tipo de comportamento. “Ao observar alguns gerentes, é possível perceber que eles falham em lidar com os conflitos e revezes da vida e dão vazão à sua imaturidade através de uma ira descabida”.
No ambiente corporativo, o especialista defende que as grandes lideranças, em algum elo da corrente de comando, precisam desenvolver características de amortecedor. “Se não agir de uma forma madura, só pode esperar que a situação fique pior. Afinal, cada um deles atua como um amplificador, passando adiante, de modo ampliado, suas queixas contra o chefe. Inevitavelmente, o resultado tende a piorar e isto dá início a um crescente espiral de frustração”, enfatiza Mileris.
Os sentimentos são contagiosos e a equipe é influenciada pela emoção de seu líder e de seus membros (positiva ou negativamente). “O fato é que os gestores, inteligentes emocionalmente, são maduros e capazes de reconhecer como os próprios sentimentos afetam o desempenho no trabalho. Eles têm facilidade de enxergar o contexto geral numa situação complexa”, comenta o especialista.
Portanto, é fundamental disseminar junto às pessoas que a imaturidade é uma geradora de fracassos e que mais “gerentes-amortecedores” devem fazer parte de uma empresa. Mileris explica que esse tipo de gestor pode ser encontrado entre os maduros emocionalmente que entendem a inteligência emocional coletiva é o que separa as equipes de alto desempenho das medíocres. Uma vez que o desempenho profissional do grupo é diretamente proporcional à habilidade do líder e da forma de lidar com o clima emocional e os relacionamentos interpessoais.
Segundo alguns estudos, a imaturidade afeta o ajustamento do indivíduo a seu meio. Principalmente porque ele nunca está disposto a sacrificar seus interesses em benefício dos outros e, tampouco, consegue realizações à longo prazo. Por isso, o grupo acaba rejeitando-o.
Entretanto um cuidado é fundamental. Não confundir “imaturo” com “neurótico”, porque a neurose é um distúrbio que afeta a estrutura do caráter das pessoas. Quando tal perturbação se manifesta, a vida emocional do indivíduo fica dominada por sentimentos intensos e mal dirigidos. “A pessoa imatura não é necessariamente neurótica, e vice-versa. A diferença fundamental é que o neurótico tende a sofrer de ansiedade e/ou depressão devido a seus conflitos íntimos, ao passo que o imaturo está livre dessa ansiedade interior e sente-se bastante feliz até o momento em que suas necessidades e desejos entram em conflito com os sentimentos das outras pessoas”, completa Mileris.
Evidentemente, a imaturidade afeta o ajustamento do indivíduo em seu meio, porque ele nunca está disposto a sacrificar seus interesses em benefício dos outros e tampouco consegue realizações a longo prazo, a ponto de seu egoísmo levá-lo a ser rejeitado pelo grupo. Porém, Mileris explica que, como em todas as situações é possível observar os comportamentos e fazer com que eles sejam superados.
Voltando ao Michael, alguns especialistas dizem que ele parou de crescer emocionalmente no início dos anos 70, ainda quando era o menor dos Jackson’5 e tinha 11 anos.
Após seu grande sucesso THRILLER. Ganhou dinheiro o bastante para comprar seu rancho e como Peter Pan, ficou vivendo em Neverland- A Terra do Nunca entre bichinhos e brinquedos, numa atitude de isolamento, com um narcisismo exacerbado a ponto de ficar desbotado e se submeter a diversas cirurgias plásticas e só comer tudo do prato com a empregada/babá (e brasileira) contando histórias e alimentando sua “birrinha”.
Fenômeno amado por milhões, artista completo, milionário ainda que falido, narcisita e egocêntrico ou nada disso, apenas uma pessoa doente precisando de tratamento psiquiátrico para equilibrar suas emoções multifacetadas, o fato é que Michael encantou toda uma geração e entrou para o rol das lendas da nossa sociedade moderna, num momento em que precisamos de ídolos que alavanquem multidões como ele o fez, para que nós, meros mortais, não nos lembremos que também moramos na NEVERLAND encerradas em nós mesmos.
Descance em paz, Michael!
Beijão no coração e até
TCHAU...PARDAL...FUI!
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